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LAB celebra primeiro ano com seminário em São Paulo

13 de setembro de 2018

Para celebrar o primeiro aniversário do Laboratório de Inovação Financeira (LAB), a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), idealizadores do LAB, realizam, nesta quinta-feira (13/9), em São Paulo, o seminário “Inovar para transformar o desenvolvimento sustentável”. No evento, que reúne 260 participantes, de 80 diferentes instituições, estão sendo apresentados os produtos desenvolvidos e em andamento, preparados pelos quatro grupos de trabalho (GT) que integram a iniciativa.
Estruturado para incentivar a participação do setor privado na criação de produtos e soluções financeiras para os mercados que envolvem a oferta de serviços como de água, transporte, energia, agricultura, infraestrutura e financeiro, com a participação dos Sistema Nacional de Fomento (SNF), o LAB é constituído por quatro GTs, que atuam de forma segmentada nos temas Finanças Verdes, Fintechs, Instrumentos Financeiros e Investimentos de Impacto e Títulos Verdes.
A finalidade dos GTs é tornar o país uma referência em projetos e investimentos que incentivem a redução da emissão de carbono, tragam soluções de melhorias e adaptação climática, para o impacto social e para as finanças digitais.
FINANÇAS VERDES – Há quatro anos, o Brasil deixou de perceber as questões ambientais apenas como fator de risco para investimento e financiamento. Neste novo cenário, o GT preparou quatro produtos: “Fundo de Eficiência Energética”; “Energy Saving Insurance”; “Modelo de Análise de Risco de Projetos Solares Fotovoltaicos”; e “Fundo First Loss”.
Dentre os projetos encaminhados pelo GT, o “Energy Saving Insurance – ESI” está em estágio avançado de desenvolvimento. A proposta inova com a combinação de uma linha de crédito tradicional do sistema de gestão de energia e água, a um contrato de performance protegido por uma apólice de seguro sobre o desempenho energético, acompanhado por metodologias de avaliação técnica aplicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O projeto piloto prevê a concessão das primeiras linhas de crédito ESI por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (BANDES – ES), da Agência GoiásFomento (GO) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE – RS).
Outra novidade proposta pelo GT, é o modelo de análise de riscos integrados para projetos solares fotovoltaicos, para pequenos e médios empreendedores. A ideia alinha os riscos de crédito do cliente e do projeto a ser financiado. Em fase de testes no âmbito do LAB por oito instituições financeiras e capitaneado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a proposta será operada pelas instituições Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, Safra, Santander, Rabobank e Votorantim.
INVESTIMENTOS DE IMPACTO – A frente dos estudos sobre a atuação das Instituições de Fomento e Desenvolvimento (IFD), em relação aos instrumentos financeiros de Contrato de Impacto Social (CIS), crowdfunding e Fundos Rotativos Solidários, o grupo propôs dois produtos e elaborou uma publicação sobre as “Métricas para Avaliação Socioambiental”, tendo como base as perspectivas de instituições desenvolvimento regional.
Com um projeto-piloto sob avaliação, a proposta para o uso do crowdfunding tem sido realizada a partir da interlocução com as IFD em busca de divulgar a ideia, enquanto também avaliam os potenciais e as restrições para as operações. Para os Fundos Rotativos Solidários, as sugestões preveem alterações à Política Nacional de Economia Solidário, prevista por projeto de lei complementar (PLC 137/2017), com o objetivo de aperfeiçoar a regulação, com mais abertura para projetos e beneficiários. A proposta foi encaminhada para a relatora do PLC, senadora Ana Amélia.
TÍTULOS VERDES – Ao longo do ano, o grupo obteve como principal resultado a realização da pesquisa com emissores e investidores sobre o mercado de títulos verdes no Brasil, o que gerou uma publicação com recomendações para elevação deste mercado, constituído por recursos captados para investimentos e projetos relativos às externalidades ambientais positivas.
Além das discussões acerca dos incentivos e de atividades para desenvolver um mercado de títulos verdes nacionais, das oportunidades para emissão de títulos soberanos e alinhamento entre o mercado local e as práticas internacionais, o GT também atua como a interface de entidades públicas para diálogo com o conselho intersetorial privado de títulos verdes.
FINTECHS – Com a chegada das novas tecnologias financeiras (fintechs) no Brasil, nos últimos anos, todo o mercado de serviços financeiros mundial foi alterado e ganhou nuances mais modernas e mais acessíveis.  Com foco nas pequenas e médias empresas, o LAB incluiu as fintechs em suas ações, para fomentar a inserção de startups do setor ao sistema tradicional financeiro. Agora, a partir do compromisso de viabilizar a criação de uma plataforma de análise de compatibilidade entre o segmento e as necessidades do mercado brasileiro, em diferentes setores, o GT avança na implementação do sandbox regulatório, em busca de consolidar regras mais modernas e inovadoras, que incentivem o surgimento de novas fintechs.
Confira o material lançado no evento em: http://abde.org.br/materiais-disponiveis/

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