publicações-rumo

Publicações

Notícias


Sérgio Besserman participa do Debate Finep

31 de outubro de 2012

“Desenvolvimento sustentável virou um termo genérico sobre o qual não sabemos quase nada; na verdade, a certeza que temos, no momento, é que o desenvolvimento atual é insustentável”, afirmou o economista e ecologista Sérgio Besserman, durante o Debate Finep na última quinta-feira (08/11) no Rio, mediado por Rodrigo Fonseca, chefe de Gabinete da Finep.

Segundo Besserman, vivemos um momento histórico decisivo, no qual precisamos tomar decisões inéditas e urgentes. “Os últimos trezentos anos trouxeram um novo padrão de vida à humanidade que nos salvou de uma expectativa de vida curta e de uma taxa de mortalidade infantil imensa; mas também provocou problemas gravíssimos”, explicou. “Não existe almoço grátis e ficamos esse tempo todo fingindo que a cobrança pelo padrão de vida que atingimos nunca chegaria; agora, a conta chegou”, disse.

Diante dos diversos desafios que a humanidade tem de enfrentar para conciliar desenvolvimento econômico e social com uma nova realidade climática, e mais pessoas consumindo nos moldes de países desenvolvidos, por exemplo, Besserman destacou três questões cruciais cujas fronteiras já foram rompidas, ou seja, nas quais já superamos os limites atuais do planeta: a capacidade do planeta de absorver nitrogênio para produção de alimentos – que promoveu a chamada “Revolução Verde” nas últimas décadas – acabou; a crise da biodiversidade, que tem provocado uma extinção de espécies no nível das grandes extinções pelas quais a Terra passou, aponta que 30% da vida existente no Planeta estará extinta em 2050; as mudanças climáticas, que já estão provocando aquecimento médio global e mais eventos extremos.

O economista e ecologista afirma que temos uma janela de cerca de 30 anos de possibilidades de reinventar uma nova base de ciência e tecnologia, “uma revolução de toda a humanidade”. Algumas alternativas são o uso de energia cada vez menos baseada em combustíveis fósseis, novas técnicas de agricultura, e diminuição da pecuária extensiva, entre outras. “Pela primeira vez, teremos que pensar como um grupo global e gastar mais hoje em custos para o futuro, e isso exigirá superar desafios inéditos no mundo inteiro”, disse Besserman.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Finep

Mais notícias