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O workshop sobre Financiamento à Inovação, promovido pela ABDE em 30 de agosto, reuniu instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) que já fomentam a inovação e outras interessadas em atuar neste setor.

 

Realizado na sede da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no Rio de Janeiro, o evento foi aberto pelo presidente da instituição, Glauco Arbix. Além da Finep, especializada no tema, também foram apresentados os modelos de atuação do BNDES, BDMG e Agência de Fomento Paulista / Nossa Caixa Desenvolvimento.

 

 

Convidado para dar um panorama geral sobre financiamento à inovação no Brasil, o economista Paulo Bastos Tigre, professor da UFRJ, alertou para a importância de um olhar sistêmico sobre o tema. “Ser o primeiro a inovar não garante sucesso. É mais importante ter um bom modelo de negócios”, afirmou.

 

Segundo ele, se a empresa não souber como chegar ao mercado, de nada terá adiantado o desenvolvimento de um produto ou serviço inovador. A capacitação em várias frentes é fundamental para o sucesso do negócio. “Inovação não pode ser simplesmente uma boa ideia. Tem que ser sistêmica”, frisou. Tigre sugere às IFDs que avaliem os projetos à luz da estratégia do modelo de negócios da empresa.

 

 

Também convidado, o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Jorge Ávila, ressaltou a importância de as IFDs fomentarem o que de fato será novo no mercado. Por isso, os contratos deveriam prever a geração de patentes. “Inovaçao ao nível da firma foi útil nos anos 60 no período da substituição de importações, mas não é mais disso que estamos falando”, diferenciou.

 

 

O workshop foi organizado pela ABDE em parceria com o BNDES, Finep, BDMG e Agência de Fomento Paulista / Nossa Caixa Desenvolvimento. O evento contou com 32 participantes, das seguintes instituições:  Badesc, Desenbahia, Bandes, BRDE, UFRJ, Investe Rio e INPI, além das organizadoras.