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Seminário da ABDE debate desafios de RH
31 de outubro de 2011
Qual é o índice de criatividade e inovação das áreas de recursos humanos das instituições financeiras de desenvolvimento na era da sociedade em rede, marcada pela fluidez entre os limites do digital e do real, pela inovação coletiva, pela disruptura inventiva e social? Esta foi uma das provocações de Gil Giardelli, CEO da Gaia Creative, especializada na implementação de mídias sociais, economia colaborativa e gestão do conhecimento, no 13º Encontro de Gestores de Recursos Humanos das Instituições Financeiras de Desenvolvimento, organizado pela ABDE, em parceria com a Nossa Caixa Desenvolvimento, em São Paulo.
O encontro, que acontece nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, tem como objetivo contribuir para a atualização e o desenvolvimento técnico dos profissionais da área de recursos humanos das instituições financeiras por meio de palestras e dinâmicas propícias à troca de experiências entre os associados.
De acordo com o palestrante, também professor do Centro de Inovação e Criatividade na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a sociedade em rede exige mudanças nas organizações para atrair e reter talentos – por algum tempo pelo menos. Para Giardelli, as empresas precisam considerar a felicidade interna bruta de seus funcionários.
“Não se trabalha mais apenas com motivações econômicas; há o desejo de realização. Como os profissionais de recursos humanos podem reverter o quadro de empresas do século XX e, ao mesmo tempo, pessoas do século XXI? Como podem ajudar em tempo de sociedade de colaboração?”, questiona Giardelli. Ele apontou mais tendências dessa nova era, tais como: engajamento social, foco na experiência dos usuários e trabalhos por motivações coletivas.
Desafios – A dificuldade de se atrair e reter talentos em instituições públicas foi um dos pontos centrais da dinâmica de grupo realizada após a palestra do consultor. Enquanto que para alguns participantes é importante que o funcionário queira desenvolver sua carreira na instituição e nela permanecer, para outros a prioridade é que se retenha o conhecimento do que o talento em si.
“Nosso objetivo é aproveitar o máximo das pessoas enquanto elas estão lá na agência”, diz Cinthia de Souza Bastos, da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (Investe Rio), participante do encontro.
As entidades que esperam que os funcionários permaneçam em seus quadros têm apontado iniciativas como investimento intensivo em capacitação e processo seletivo interno para cargos de chefia.
“Contratamos uma consultoria terceirizada para conduzir a seleção para duas vagas de chefia. Com a possibilidade de crescimento, temos mais chances de tornar a agência mais atraente para os funcionários”, diz Kátia Regina Antero Rocha, da agência de fomento baiana, a Desenbahia.
Troca de experiências – A técnica Tatiana Lopes Marques, da Caixa Estadual S.A. Agência de Fomento (Badesul), destaca a importância de se conhecer as práticas de RH de outras agências de fomento do país: “Concordo com o que ouvi aqui: não adianta tentar reinventar a roda. Se posso encurtar o caminho entre o problema e a solução, por que vou abrir mão das experiências dos demais? Mas, para saber como trabalham meus pares em outras instituições, preciso estar em contato com eles. Eventos como esse são oportunidades riquíssimas”.
Já a diretora das áreas de administração e finanças e crédito e risco da Investe Rio, Cristiane Viturino Novo, apresenta um motivo para que os gestores de RH e de outros departamentos também participem de dinâmicas, palestras e seminários.
“Gosto de estar em contato com os técnicos para entender o dia a dia deles, para tomar ciência de suas principais dificuldades e desafios. Isso é fundamental para que eu possa formular estratégias compatíveis com a realidade”, defende a executiva.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ABDE
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