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Após cinco meses consecutivos apresentando resultados negativos, em julho a produção industrial cresceu 0,7% em relação ao mês anterior (série com ajuste sazonal), e 3,6% em relação ao mesmo mês de 2013.

O avanço do indicador em relação a junho deve-se às variações positivas em três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 24 ramos pesquisados. Na esfera das classes de atividades, as principais influências positivas foram registradas por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (44,1%), assinalando a expansão mais intensa desde o início da série histórica e interrompendo quatro meses consecutivos de taxas negativas, e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,5%), eliminando parte da perda de 18,1% acumulada nos meses de maio e junho. Esses dois setores haviam registrado perdas acentuadas em junho, devido, principalmente, a paralisações em várias unidades produtivas, por conta da diminuição nas jornadas de trabalho e da concessão de férias coletivas.

Nas grandes categorias econômicas, o destaque foi para o segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 20,3% em relação ao mês anterior e interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas, período em que havia acumulado perda de 30,9%. Na mesma base de comparação, o segmento de bens de capital também reverteu sua trajetória descendente registrando crescimento de 16,7%. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis  apontou resultado positivo de 0,7% e eliminou parte do recuo de 1,4% do mês anterior. A única taxa negativa no mês foi registrada no setor de bens intermediários (-0,3%), quarto mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período redução de 1,6%.

No índice acumulado no ano, comparado ao igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 2,8%, com predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 18 das 26 atividades. O principal impacto negativo foi observado no ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,7%). Entre as grandes categorias econômicas, o índice mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,0%), com destaque para redução na fabricação de automóveis (-17,6%), e bens de capital (-7,8%), pressionado por equipamentos de transporte (-16,0%).

Em geral, o setor industrial apresentou uma ligeira melhora no ritmo produtivo, interrompendo cinco meses consecutivos de queda. 

Equipe ABDE