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Nordeste cresce apesar da recessão econômica e da estiagem

31 de março de 2013

Apesar do cenário de incerteza da economia mundial e da instabilidade climática do semiárido, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Nordeste deve crescer 3,7% neste ano, mais do que o Brasil (3,4%). A estimativa é do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão vinculado ao BNB, e tem como base projeções realizadas no último mês.

Para o superintendente do Etene, Fran Bezerra, o crescimento do PIB nordestino está associado aos investimentos em infraestrutura que vêm sendo realizados em estados da Região, reforçado pelo desempenho positivo das atividades comerciais e de produção física industrial. 

“O consumo das famílias é o grande trunfo da economia regional, e reflete as condições favoráveis de expansão do crédito e da massa salarial. Além disso, a indústria nordestina vem se recuperando nos últimos meses. Isto se deve sobretudo aos incentivos à produção de calçados, vestuário e têxtil, que utilizam mão de obra intensiva, e aos segmentos vinculados ao setor de bens intermediários, como produtos químicos, papel e celulose”, avalia o superintendente.

Ele acredita que a Região continuará crescendo um pouco mais do que o país, uma vez que a relação entre a arrecadação do ICMS do Nordeste, que deve crescer acima dos 5%, e a do Brasil é uma aproximação aceitável da relação entre os dois PIBs.

Ainda segundo o superintendente, as indústrias brasileira e nordestina, devem crescer 3,3% e 4,4%, respectivamente, apesar da perda de competitividade inovadora num ambiente internacional crítico e do acirramento do protecionismo cambial, além, da agressiva concorrência asiática. 

O Etene também indica que, neste ano, o comércio poderá registrar menores taxas de crescimento, comparados a 2012, para o Brasil no agregado e na média regional do Nordeste, muito embora, ainda, sejam crescimentos expressivos. Assim, as projeções de 2013 para o Brasil e Nordeste indicam elevação de 8,14% e 8,20%, respectivamente.

Com relação ao crédito, a demanda deverá continuar aquecida, influenciada pela retomada da atividade econômica e pela continuação do crescimento do emprego e da massa salarial, esperando-se, contudo, uma leve subida na taxa de inadimplência. No Nordeste, o índice de aumento das operações de crédito também deverá em 2013 manter-se elevado (18,0%). Em 2012, os bancos oficiais responderam pela maior parcela dos depósitos (66,8%) e das operações de crédito (74,2%), cabendo à banca privada as parcelas restantes. Os bancos oficiais deverão continuar expandindo seus negócios a um ritmo bem superior aos da banca privada.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ BNB

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