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O
resultado primário de dezembro registrou déficit de R$ 12,9 bilhões, com
o Governo Central totalizando superávit de R$ 755 milhões, enquanto os governos
regionais e empresas estatais tiveram saldos negativos de R$ 11,3 bilhões, de
R$ 2,3 bilhões, respectivamente. No acumulado no ano o déficit totalizou R$
32,5 bilhões, 0,6% do PIB (contra superávit de R$ 91,3 bilhões no mesmo período
de 2013 ou 1,88% do PIB), correspondendo ao primeiro déficit registrado nesta
série do Banco Central. 

Por
sua vez, os juros nominais alcançaram R$ 47,2 bilhões em dezembro, ante
R$ 33,5 bilhões em novembro. O resultado foi influenciado pelas operações de swap
cambial (a autoridade monetária compra contratos em câmbio em troca de
contratos por taxa de juros pré-fixadas) e maior número de dias úteis. No ano,
os juros nominais atingiram R$ 311,4 bilhões ou 6,07% do PIB (R$ 248,9 bilhões
no mesmo período de 2013). 

Com
isso, o déficit nominal totalizou R$ 60,1 bilhões em dezembro. No ano, o
resultado foi deficitário em R$ 343,9 bilhões (6,7% do PIB), contra R$ 157,6
bilhões em período homólogo do ano anterior (3,25% do PIB), maior déficit desde
1998.

Dívida
Pública:
Em
dezembro, a dívida mobiliária federal interna totalizou R$ 2.183,6
bilhões (42,5% do PIB), registrando acréscimo de R$ 83,6 bilhões em relação ao
mês anterior. 

Já
a dívida líquida do setor público alcançou R$ 1.883,2 bilhões (36,7% do
PIB), contra R$ 1.626,4 (33,6% do PIB) em 2013. No ano, a relação DLSP/PIB
elevou-se 1,2 p.p. Os juros nominais apropriados, o déficit primário e o ajuste
de paridade da dívida externa líquida contribuíram para elevar a relação
DLSP/PIB, enquanto o crescimento do PIB nominal, a desvalorização cambial e o
reconhecimento de ativos contribuíram para a diminuição.

Por
fim, a Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos
estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3.252,5 bilhões (63,4% do PIB), em
dezembro, contra R$ 2.748 bilhões (56,7% do PIB) no ano anterior.

Fonte: Banco Central do Brasil