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“Não existe economia desenvolvida e combate à desigualdade sem crédito e fomento”, defende Celso Pansera

“Não existe economia desenvolvida e combate à desigualdade sem crédito e fomento”, defende Celso Pansera

23 de maio de 2024

Com o tema “O poder transformador das microfinanças e do turismo e o papel das instituições financeiras de desenvolvimento na geração de impacto social”, o Fórum Debate para o Desenvolvimento, realizado em Natal (RN), teve início na manhã desta quinta-feira (23/5), no auditório do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na capital do Rio Grande do Norte, Natal. O evento está sendo transmitido, ao vivo, até às 18h, pelo link https://www.youtube.com/watch?v=U8DHfDGJeIw.

“Trouxemos para Natal o que estamos levando para todo o Brasil: um fórum para falar sobre crédito e fomento. Não existe economia desenvolvida e não existe combate à desigualdade se não tiverem esses instrumentos”, enalteceu o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, o qual também é coordenador externo da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Sistema Nacional de Fomento para o Financiamento do Desenvolvimento (FPSNF).

Márcia Maia, atualmente no comando da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) e diretora da ABDE, destacou que somente no ano passado, foram mais de R$ 2 trilhões de reais movimentados pelos associados à ABDE, composta por instituições, agências de fomento, bancos de desenvolvimento, bancos públicos, FINEP e Sebrae Nacional.

O secretário da Casa Civil do Rio Grande do Norte, Raimundo Alves, representando a governadora do Estado, Fátima Bezerra, destacou que ações estratégicas com a AGN tem sido uma das pautas mais defendidas em sua gestão dentro da estrutura do governo do Estado. “É fundamental essa visão que se tem das agências de fomento e do seu papel social”, disse.

Já o secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família, Combate à Fome, Luiz Carlos Everton de Farias, considerou que, ao mesmo tempo em que são comemoradas as evoluções positivas dos indicadores macroeconômicos – como o PIB e a queda da inflação – ainda se convive com a fome e a pobreza no Brasil, por isso, medidas econômicas são de extrema relevância. “Hoje, somos 95 milhões de pessoas que estão no Cadastro Único, ou seja, 95 milhões que estão na pobreza, que ganham até meio salário-mínimo”, disse. “Evidentemente o microcrédito é uma ferramenta vital para o desenvolvimento social e combate essa desigualdade”, completou.

Segundo Farias, é necessário baixar os juros e expandir o microcrédito no país. “De acordo com os dados atuais, foram aplicados em torno de R$ 15 bilhões no ano passado de microcrédito e 70% desse valor está concentrado no Nordeste, sendo 30% no Ceará. Em todo o restante do país, realmente é baixa a aplicação do microcrédito, por isso, esse debate no fórum é tão importante”, citou.

No caso do Rio Grande do Norte, o diretor técnico do Sebrae do estado, João Hélio Costa da Cunha Calvacanti Júnior, ressaltou que uma das principais atividades econômicas é o turismo. “Reconhecemos o potencial desse segmento e trabalhamos incansavelmente para fortalecer os empreendimentos turísticos no nosso território. Segundo dados fornecidos pela Receita Federal e organizados pelo Sebrae-RN, em 5 anos contados de 2019 até a semana passada, o número de pequenos negócios do setor de turismo aumentou de 37.527 para 64.351, refletindo uma expansão de quase 72%”, citou.

O secretário nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Maurício Juvenal, destacou que um dos compromissos do governo atual é priorizar as micro e pequenas empresas. “Reconhecemos nelas o papel de grandes estimuladores, geradores de emprego e renda no país. O governo federal tem, no conjunto dos seus ministérios, pelo menos 22 ações transversais de articulação para esse público “, citou.

A deputada federal, Natália Bonavides (PT), que compõe a Frente Parlamentar de apoio ao Sistema Nacional de Fomento, ressaltou que o microcrédito é fundamental para fomentar o desenvolvimento de diversas parcelas da população, entre elas, a feminina. “Entre as mulheres, que são a maior parte da população que está em desemprego, temos presenciado uma grande adesão a alternativas em micro empreendedorismo para se contrapor a essa realidade da dificuldade do acesso ao emprego formal”, afirmou.

Outro tema abordado pela parlamentar foi em relação às mudanças climática, que precisam ser contornadas com investimentos. Ela citou que a situação atual vivida pelo Rio Grande do Sul em razão das enchentes é fundamental para sensibilizar as pessoas que esse é um tema que vai permear toda a política da economia.

Durante o evento, a presidente da AGN, Márcia Maia, realizou uma homenagem ao presidente da ABDE e da FINEP, Celso Pancera, com a entrega de um livro do fotógrafo Canindé que contém imagens do litoral do Rio Grande do Norte.

Também compuseram a mesa de abertura do evento o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte, Roberto Cerquiz; e o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz.

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