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Linha emergencial do BRDE já atendeu 446 empresas atingidas pela enchente
12 de dezembro de 2024
Destinado a apoiar a retomada de setores fortemente atingidos pelas enchentes de maio, o programa Em Frente RS contabiliza até o momento 446 empreendimentos contemplados pela linha emergencial. Através da iniciativa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), já foram liberados em torno de R$ 124 milhões em financiamentos para empresas situadas em municípios em calamidade pública. A informação faz parte de balanço que o diretor-presidente do banco, Ranolfo Vieira Júnior, apresentou nesta segunda-feira (dia 9/12), durante reunião técnica do Cresce/RS, iniciativa da Assembleia Legislativa para monitorar investimentos estratégicos para o Rio Grande do Sul.
Ranolfo salientou que, numa primeira etapa, o Em Frente RS foi direcionado aos permissionários do Mercado Público e da Estação Rodoviária de Porto Alegre, comerciantes que operam na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), empresas situadas no Quarto Distrito da capital e o segmento de bares e restaurantes em municípios atingidos pelo evento meteorológico. “Agora avançamos para atender empresas de todos os setores nos municípios incluídos no decreto de calamidade, focando em segmentos que sustentam grande parte dos empregos e são fundamentais para a recuperação econômica”, frisou.
O programa seguirá disponível até a metade do próximo ano. O Em Frente RS disponibilizou R$ 325 milhões e tem carência integral de 12 meses e mais quatro anos de prazo para pagamento do valor financiado, com prestações que vão reduzindo a cada mês. Com taxas entre as mais acessíveis no mercado, o programa pode ser contratado por meio dos parceiros operacionais do BRDE (Sicredi, Cresol, Sicoob e Unicred).
Repactuação de contratos
Durante o resumo das medidas que o BRDE adotou para socorrer a economia gaúcha, Ranolfo salientou que a primeira medida adotada foi a suspensão por um ano no pagamento de empréstimos. A iniciativa tem auxiliado empresas cujos negócios foram prejudicados pelas cheias mais graves já registradas no Estado e o congelamento temporário das dívidas com a repactuação de 314 contratos, conhecido como standstill, supera a marca de R$ 1 49 bilhão em renegociações.
A medida permitiu que importantes clientes do banco com alta capacidade de geração de empregos conseguissem retomar a produção e garantir a manutenção dos postos de trabalho. Entre os setores que tiveram a suspensão das dívidas, estão cooperativas e indústrias do Vale do Taquari que ainda se recuperavam da enchente do ano passado. Ao mesmo tempo, o BRDE disponibilizou R$ 78 milhões para financiamento emergencial aos produtores rurais com custos de 4% ao ano. O apoio veio a partir do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Emergencial.
Demais setores
Através das demais linhas emergências viabilizadas com recursos de outros programas, o BRDE já liberou ou está em fase de contratação cerca de R$ 350 milhões em investimentos para aquisição de novos equipamentos, reformas e capital de giro. O presidente relatou que o setor industrial, através de fundos captados junto à linha BNDES Emergencial, atendeu a 16 empresas com um total de R$ 153 milhões.
Para o segmento de turismo, o banco contratou R$ 108 milhões. “Trata-se de um setor que mais demorou a retomar sua atividade a pleno, muito por conta do período sem operações no Aeroporto Salgado Filho”, relatou Ranolfo.
Já através do programa Sul Resiliente, foram R$ 882 milhões em contratos com prefeituras. A parceria do BRDE com o Banco Mundial permite investimentos em obras de contenção às cheias e projetos para mitigar os impactos dos eventos climáticos.
O presidente salientou, ainda, que o banco vem mantendo tratativas com os parceiros internacionais, para viabilizar novas linhas no próximo ano que auxiliem na retomada. A reunião temática do Cresce/RS contou com as presenças do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito; do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e representantes das demais instituições financeiras vinculadas ao governo do Estado.
Fonte: Ascom/ BRDE
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