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Finep participa do Accelerate Oil & Gás no Rio
30 de abril de 2012
“Não se discute mais a
importância da riqueza originada pelo petróleo para o Brasil, mas temos de
enfrentar um dilema considerável: devemos acelerar ou não?”, indagou Jean-Paul
Prates, diretor do Centro de Estratégias em Recursos Naturais
e Energia (CERNE), que mediou o painel “Enfrentando os Desafios Ambientais”,
nesta quarta (16/5), no último dia do Accelerate Oil
& Gas, no Rio. A Finep é uma das patrocinadoras do evento.
A
questão proposta por Jean-Paul se refere a vários impasses que estão na pauta
do dia quando se fala sobre produção de petróleo e gás e o custo ambiental que
isso carrega. “Temos que definir como lidar com riscos operacionais,
especialmente com a exploração plena do Pré-sal, e analisar com cuidado as
potenciais ameaças à nossa matriz limpa”, afirma. Jean-Paul se referiu, ainda,
aos riscos dos efeitos da chamada “Doença Holandesa” – conceito econômico que
tenta explicar a aparente relação entre a exploração de recursos naturais e o
declínio do setor industrial.
Prevenção,
análise e gerenciamento de riscos ambientais, especialmente os relacionados à
produção de petróleo e gás, foram os pontos centrais das apresentações e
discussões na sessão. Jake Van den Dries, vice-presidente de HSE (Saúde,
Segurança e Meio Ambiente) da Statoil Brasil, explicou como a empresa de
origem norueguesa lida com tecnologias e processos para gerenciar esses riscos,
como vazamentos, por exemplo. Tommy Bjorsen diretor de operações da DNV
(empresa multinacional norueguesa), falou sobre a “filosofia do queijo suíço”,
na qual as barreiras de segurança para se evitarem acidentes seriam as “fatias”
e os erros cometidos no caminho entre um risco potencial até um acidente real
representam os “buracos do queijo”. “As barreiras se referem à prevenção,
detecção de problemas, o que fazer para mitigar efeitos nocivos e, num grau
mais elevado, que resposta pode se dar em uma emergência”, explicou.
Marcos
Alejandro Badra, diretor técnico do Grupo Ambipar, afirma que o crescimento do
setor de óleo e gás é “inevitável”, e o maior desafio para o Brasil é “vincular
sustentabilidade com o crescimento, o que vai requerer ainda mais tecnologia,
invocação, participação e conscientização”, disse. Segundo Marcos,
anteriormente o meio ambiente era “um custo dentro da empresa, hoje é uma
necessidade”. A Ambipar presta serviços de gerenciamento de resíduos, limpeza,
transporte, reciclagem, além de atendimento emergencial.
A
representante da Finep, Ada Gonçalves, mostrou como a empresa vem se
reestruturando com novos modelos que promovam a sustentabilidade, agenda
incluída na nova Política operacional da Financiadora. “Nos últimos oito anos,
a Finep financiou cerca de 480 projetos, com valores de R$ 4,5 bilhões, direta
ou indiretamente relacionados a setores verdes”, afirmou Ada. Esses projetos
contemplam, na maioria dos casos, pesquisa e desenvolvimento em universidades e
instituições de pesquisa, como energias limpas e agricultura sustentável, por
exemplo. “Um reflexão que podemos fazer é que a questão ambiental nas empresas
ainda é tímida, nossa demanda vem do setor acadêmico”, disse Ada. A Finep é uma das apoiadoras da Rio +20,
a ser realizada em junho, e contará com uma exposição de
tecnologias de base sustentáveis. Além disso, este ano o Prêmio Finep de Inovação tem
uma nova categoria: Inovação Sustentável.
Esta
é a primeira vez que a Finep participa do Accelerate. Na terça, primeiro dia do
evento, Maurício Alves Syrio, chefe do Departamento de Petróleo,
Gás e Indústria Naval da FINEP, apresentou as formas de financiamento da
Financiadora, no painel “Financiamentos e Investimentos em Óleo e Gás”. A
Financiadora tem longa tradição de financiamento na área de petróleo e gás e de
participação em eventos do gênero, como a Rio Oil & Gas, realizada a cada
dois anos. O CT-Petro, o primeiro dos 15 fundos setoriais criados
para compor o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FNDCT), foi criado em 1999 e é administrado pela FINEP. O objetivo
é estimular a inovação na cadeia produtiva do setor de petróleo e gás natural,
a formação e qualificação de recursos humanos e o desenvolvimento de projetos
em parceria entre empresas e universidades, instituições de ensino superior ou
centros de pesquisa do País, visando o aumento da produção e da
produtividade, a redução de custos e preços e a melhoria da qualidade
dos produtos do setor.
No site da Finep estão disponíveis as chamadas públicas
já encerradas, com os projetos aprovados.
Fonte: Assessoria de Comunicação/ Finep
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