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Especialistas debatem futuro das IFDs

30 de junho de 2014

Sob a organização  do
Instituto Multidisciplinar de Desenvolvimento e Estratégia (Minds, da sigla em
inglês),  cuja missão é promover
discussões sobre financiamento ao desenvolvimento, teve início na última terça-feira (28/07), no Rio de Janeiro,
o ciclo de conferências internacionais O Presente e o Futuro das Instituições
de Desenvolvimento: Um Diálogo de Aprendizado, que reúne especialistas de
bancos de desenvolvimento e estudiosos de 13 países em financiamento de longo
prazo.

A economista e assessora da presidência do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ana Cláudia Além, destacou a
importância do encontro. “Financiar o desenvolvimento é básico, é importante
para qualquer país”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Ela lembrou que as instituições públicas que financiam o
desenvolvimento são comuns em vários países, desenvolvidos ou não, “porque os
desafios que se colocam pelo processo de desenvolvimento estão sempre se
renovando. O desenvolvimento sócioeconômico é um processo dinâmico. Então,
qualquer país tem necessidades novas, e há um espaço importante para a ação das
instituições públicas que financiam a longo prazo, porque alguns projetos se
mostram muito incertos quanto aos seus resultados”.

Observou que, muitas vezes, em países que têm sistemas
financeiros privados desenvolvidos, o setor privado não mostra interesse em
financiar certos projetos. Isso abre espaço para a atuação de instituições
públicas de desenvolvimento, que complementam a ação privada, financiando
projetos estratégicos para o desenvolvimento das nações.

Ana Cláudia  avaliou
que o ciclo de conferências contribui para aprofundar acordos de cooperação já
existentes entre os bancos de desenvolvimento. “Acho que é um passo a mais no
aprofundamento do relacionamento para reflexão de como podem ser mais efetivas
essas instituições atuando em seus países”, acrescentou.

Ela acredita que os debates poderão contribuir também no
processo de construção de novo acordo financeiro mundial, que está em curso, e
assegurou que as ideias a serem discutidas são fundamentais quando se considera
a crise ocorrida em 2008/2009. “A crise colocou na agenda esses novos desafios.
Existe uma nova combinação financeira internacional a ser feita entre as
instituições, até para prevenir novas crises tão graves como houve naquele
momento”, ressaltou.

Segundo a economista, o seminário deverá funcionar como um
pontapé inicial para  outras reuniões que
serão promovidas, e aprofundarão o debate sobre novas instituições públicas.
Ana Cláudia salientou que essas instituições não têm importância só em momentos
de crise: “Elas são importantes sempre. Existe atuação de longo prazo, e não
apenas naquele momento de crise em que as instituições adotaram políticas
anticíclicas”.

O evento é patrocinado pelo BNDES e pela Caixa Econômica
Federal, e se estendeu até na tarde dessa quarta-feira (29), na sede do banco.

Fonte: Agência Brasil de Notícias/ Abr

Foto: André Telles

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