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Em ação estratégica, ABDE, CVM e BID lançam LAB

31 de julho de 2017

A
Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançaram nesta
quinta-feira (3/8), no Rio de Janeiro, o Laboratório de Inovação Financeira
(LAB), que terá por atribuição propor o aperfeiçoamento de ferramentas
financeiras associadas ao mercado dos títulos verdes.

O
Laboratório de Inovação Financeira funcionará na CVM sob a secretaria-executiva da ABDE e apoio técnico do BID. As
informações sobre a iniciativa poderão ser acompanhadas por meio de um site específico sobre o LAB (www.labinovacaofinanceira.com).

Durante
o evento de lançamento o presidente da ABDE, Milton Luiz de Melo Santos,
informou que o saldo no mundo dos títulos verdes é de US$ 200 bilhões. “Desse
total o Brasil possui, no máximo, US$ 3 bilhões que representam 1,5% do
montante mundial. Então, há um grande potencial a ser desenvolvido”, disse.
Segundo ele, os aperfeiçoamentos dos instrumentos financeiros associados aos
títulos verdes irão elevar expressivamente essa cifra nos próximos anos.

O
Brasil, conforme apontou a especialista do BID para mercados financeiros, Maria
Netto, necessita ampliar investimentos em infraestrutura e o aperfeiçoamento
das ferramentas financeiras vinculadas a projetos sustentáveis visa aumentar a
segurança dos investidores e aplicar recursos nessas iniciativas . “É preciso
novos mecanismos financeiros para reduzir a percepção de risco pelos
investidores para que eles se sintam mais confortáveis em fazer esses
investimentos”, comentou, citando como exemplo questões relacionadas a
garantias e seguros.

O
diretor da CVM, Pablo Renteria, explicou que as propostas de melhoria dessas
ferramentas serão feitas a partir do engajamento de agentes reguladores,
instituições financeiras, investidores e autoridades. “O LAB representa esse
engajamento. A questão da sustentabilidade ambiental está na ordem do dia, é
uma questão relevante e premente.”

Com
o lançamento do LAB foram criados três grupos de trabalho que atuarão em três
frentes com os seguintes objetivos:

TÍTULOS
VERDES (GREEN BONDS)
– Aprofundar o conhecimento sobre esse mercado a nível
internacional e desenvolver e avaliar propostas de intervenção no Brasil, tais
como desenvolver o mercado nacional de títulos verdes, possíveis instrumentos
que possam estimular as emissões, e alinhamento do mercado local com as
melhores práticas internacionais, entre outros. A primeira reunião do grupo ocorreu na tarde da própria quinta-feira, com a participação de representantes de diferentes instituições, públicas e privadas, no Rio de Janeiro.

FINANÇAS
VERDES
– Construir diálogo com as instituições que compõem o Sistema
Nacional de Fomento (SNF) para originar, avaliar e testar inovações financeiras
que apoiem o desenvolvimento sustentável do Brasil sobretudo em setores
potencialmente verdes como energia, transporte, agricultura e água.

INSTRUMENTOS
FINANCEIROS E INVESTIMENTOS DE IMPACTO
– Identificar o papel que possam
tornar as instituições financeiras de desenvolvimento e as oportunidades de
desenvolver o mercado de capitais e instrumentos financeiros para ampliar a
oferta de investimento para negócios que promovam os objetivos do
desenvolvimento sustentável (ODS) das Nações Unidas. 

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