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Diretor-presidente do BDMG defende relação mais pragmática com a China

18 de agosto de 2020

Minas Gerais é o terceiro maior Estado exportador para a China. Em 2019, isso representou 27% das exportações brasileiras para o país asiático. O montante superou a marca de US$ 6 bilhões, sobretudo oriundo do minério, da carne de boi e de grãos de soja. Por outro lado, somos o sexto Estado importador da China, atingindo um pouco mais de US$ 1,6 bilhão. Um saldo muito favorável.
Por outro lado, Minas tem construído, ao longo dos anos, uma relação com a China também no campo político, educacional, entre outros, e não apenas na questão comercial.
O diretor-presidente do BDMG, Sérgio Gusmão Suchodolski, acredita que essa relação pode aumentar. Mas afirmou  que é muito importante construir esse vínculo de forma pragmática, calcada em projetos concretos, comércio, busca de investimentos, trocas culturais e intercâmbios educacionais. Segundo ele, é importante não fazer movimentos que não estejam calcados no planejamento, com começo meio e fim.
Suchodolsk foi o convidado da segunda-feira (17/08) do painel Potencialidades Internacionais na relação Minas China, tema da live Conexão Minas China. A iniciativa foi do jornal O Tempo e da Assembleia Legislativa. Com apresentação do jornalista Rodrigo Freitas e mediação de Pedro Rabelo, consultor de Relações Brasil-China.
O ponto principal da live girou em torno de como Minas Gerais pode ajudar o Brasil na relação comercial com a China. O dirigente destacou que o maior banco estadual de desenvolvimento hoje no Brasil é o BDMG e isso facilita essas relações.
Suchodolsk, que já morou no país, disse que os chineses trabalham desta maneira e que  precisamos alcançar os melhores resultados nessa relação, especialmente nesse momento em que Minas enfrenta um desafio fiscal muito grande. “O governador Romeu Zema tem nos orientado a economizar recursos e a trabalhar de forma eficiente. E assim tem sido feito”, declarou.
O presidente do BDMG defendeu o estabelecimento de uma ação coordenada entre as várias instituições do Estado e do Brasil para o desenvolvimento de uma estratégia para atingir o mercado chinês, juntamente com os agentes privados. Ele lembrou que há um mercado gigantesco para ser conquistado e que existem no Brasil instituições públicas e privadas que podem atender desde o pequeno até o grande empresário, como Sebrae, BNDES, Fiemg e o próprio BDMG, entre outros. Inclusive instituições de ensino e pesquisa.
Segundo ele, “a China já não é mais o mesmo país de antigamente, com uma pauta exportadora muita qualificada, mas que corresponde a apenas 17% do seu PIB”. O presidente do BDMG disse que o mercado interno chinês cresceu muito. A população se enriqueceu e para atender o mercado doméstico, o país implantou uma estratégia de usar a escala a seu favor no desenvolvimento de novas tecnologias. Depois é que as empresas focam a internacionalização do seu negócio. Ele acredita que seria um exemplo a ser seguido pelo Brasil.
Não mesmo importante, de acordo com Suchodolski, é a inovação. Sempre cobrado por ser um exportador de matéria-prima, o Brasil deve passar por uma qualificação de sua mão de obra, de redução do Custo Brasil e por uma melhoria do seu ambiente de negócios, inclusive para atrair investimentos, como fez a China.
A inovação, segundo Suchodolsk, requer também receber jovens do mundo inteiro para trabalhar, estudar, trocando experiências, como fez a China. Israelenses, americanos, europeus, indianos, japoneses fazem parte dessa população que vai para a China todos os anos fazer esse intercâmbio cultural, tecnológico. A China se abre para eles de forma pragmática e vem colhendo os resultados.
Fonte: O Tempo

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