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Diretor do Sebrae aponta soluções para balança comercial

31 de maio de 2012

A balança comercial brasileira mostra um cenário pouco animador. O país exporta quase que exclusivamente produtos básicos, como grãos e minério, ao passo que importa, em sua grande maioria, produtos manufaturados de alto valor agregado. “O desafio para reverter este quadro está no tripé educação, ciência e inovação. Ou seja: precisamos de uma ciência aplicada à produção industrial, porque isso é inovação”, aponta Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico nacional do Sebrae. Ele foi o palestrante no workshop de abertura da XII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, promovido pela Associação Nacional de pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras.

Santos garante que um país de escalas continentais, como o Brasil, deveria produzir o suficiente para abastecer com independência o mercado interno. Segundo ele, países pequenos não conseguem produzir em grande escala, tampouco apresentam grandes demandas – e por isso acabam concentrando a atividade econômica em algum diferencial. Mas não é o caso do Brasil. “Estamos perdendo parte importante da renda e gerando empregos na China e na Coreia. Aparecemos entre os principais consumidores de celulares e automóveis, mas não temos indústria própria e o mercado de autopeças passa até por grandes dificuldades porque as montadoras negociam com fornecedores globais”, analisa.

Ele utiliza o exemplo da possível chegada da BMW a Santa Catarina para mostrar que é possível produzir com qualidade e competitividade na Região Sul. No entanto, alerta que apenas com leis de incentivo e medidas protetivas não se conquista o mercado. “O consumidor tem a palavra final. Tem que ser um produto competitivo”, garante.

Dentro do escopo de atuação do Sebrae, Santos analisa o papel das micro e pequenas empresas na cadeia industrial. Ele explica que não se pode achar que as MPEs vão resolver tudo, mas admitir que elas são parte do problema. “Temos que apresentar uma estratégia de encadeamento produtivo. As MPEs sempre estão encadeadas no sistema, seja fornecendo matéria-prima ou suprimentos, seja na comercialização da produção”, entende.

A partir do crescimento da classe C e da expectativa de vida dos brasileiros, Santos observa que alguns produtos e serviços apresentam grande potencial a ser explorado pelas micro e pequenas empresas – principalmente nas áreas de serviços, alimentação e bebidas, saúde e beleza, transporte, vestuário, educação e entretenimento.A XII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica acontece de hoje até quarta-feira, no Centreventos Cau Hansen, em Joinville (SC).

Fonte e foto: Revista Amanhã

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