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Consumo de ovinos e caprinos deve atingir 120 mil toneladas
31 de maio de 2014
De fácil adaptação às condições climáticas do Semiárido Nordestino, a criação de caprinos e ovinos está entre uma das principais alternativas de negócio que convivem bem com a seca. Somente no Rio Grande do Norte, o rebanho está estimado em mais de 860 mil cabeças. Apesar disso, gargalos existentes na atividade, como a falta de integração entre os elos da cadeia produtiva da caprinovinocultura, acabam reduzindo a oferta e comercialização de produtos derivados. É o que aponta os Estudos do Complexo da Ovinocaprinocultura, desenvolvido pelo Sebrae Nacional sob coordenação do Sebrae na Paraíba.
Segundo o estudo, o registro desta deficiência entre os atores da cadeia produtiva acabam por prejudicar a sustentabilidade do setor. Afeta diretamente o controle sanitário e causa o baixo interesse da participação da indústria de processamento na atividade. “Com isso, é reduzida a oferta de produtos derivados nas grandes redes e aumenta o número de abates clandestinos. Se houvesse uma integração entre a cadeia produtiva da caprinovinocultura, isso seria evitado. Teríamos uma atividade mais fortalecida”, salienta José Ronil, gerente de Agronegócios do Sebrae no Rio Grande do Norte.
A baixa participação da indústria de processamento é apontada como um dos principais entraves para o desenvolvimento da cadeia produtiva no Brasil, que produz um total de 51 mil toneladas de carne de ovinos. Os Estudos do Complexo da Ovinocaprinocultura avaliam o setor em todas as regiões onde a atividade é desenvolvida, com foco especial para o Nordeste, que abarca 56% do rebanho de ovinos e 90% dos caprinos do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o diagnóstico, a informalidade dos abates brasileiros favorece diretamente a importação de carne, principalmente do Uruguai, que envia ao Brasil cortes especiais de ovinos. “Por ter uma participação pequena da indústria de processamento, o mercado brasileiro importa produto de melhor qualidade de países como o Uruguai, onde a atividade possui rígido controle sanitário e participação efetiva da indústria. Com a interligação entre a cadeia, podemos ter um produto de melhor qualidade e evitar a importação uruguaia”, observa.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias/ ASN
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