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A Carta ABDE, um agenda de trabalho para o fortalecimento do Sistema Nacional de Fomento, foi lançada, no dia 05 de junho, no Bancoob, em Brasília. A apresentação do documento, um consenso das contribuições que as 30 instituições associadas à ABDE podem dar ao desenvolvimento do país, foi feita durante o seminário “O papel das Instituições Financeiras de Desenvolvimento no Desenvolvimento Regional e o Fomento do Investimento Privado de Longo Prazo”, realizado em conjunto entre a Associação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Na abertura do evento, o presidente da ABDE e do BRDE, Carlos Henrique Horn, ressaltou o papel crucial do financiamento de longo prazo para o crescimento do país. “Esperamos que nesses três dias de seminário, com esse auditório qualificado, extrairmos um belo debate”, sugeriu Horn, que fez um histórico do nascimento da ABDE, tendo como pano de fundo os acontecimentos relevantes no campo econômico no Brasil. Para, em seguida, explicar o processo de elaboração da Carta. “A ideia de formulação de uma Carta dos Associados estava prevista no planejamento estratégico da entidade. E uma questão importante que ela contempla é responder o porquê da existência de instituições financeiras de desenvolvimento? Nossa proposta, com a realização de um curso sobre o Sistema Nacional de Fomento, foi ir além de identificar tais instituições como instrumentos para conter falhas de mercado. Tais instituições operam em áreas de menor retorno, com maiores prazos e maiores riscos e ajudam a promover inclusão bancária em população de baixa renda, a reduzir assimetrias regionais, a atuar de forma anticíclica e a regular a concorrência”, enumerou.

A representante do BID no Brasil, Daniela Carrera, pontuou a boa oportunidade de reunir um grupo voltado para os temas de acesso ao crédito. “Há algum tempo trabalhamos para desenvolver as economias e favorecer o crescimento inclusivo, ao melhorar as fontes de financiamento de longo prazo. Para o BID, esse é um fórum de discussões de possibilidades inovadoras e novos canais e de sinalização de instrumentos para financiamento”, afirmou. Sobre a Carta ABDE, Daniela resumiu o entendimento do banco: “é agenda que contempla o aprimoramento de processos e normas, que afetam o desempenho do Sistema Nacional de Fomento. O BID está contente em compartilhar esses conhecimentos e desafios para o desenvolvimento”.

De Washington, nos Estados Unidos por meio de vídeoconferência, o economista e diretor brasileiro no Banco Mundial, Rogério Studart, destacou o momento histórico no qual a Carta ABDE está inserida. “É um marco extremamente importante, porque o Brasil e a região necessitam de um fortalecimento das instituições de financiamento ao desenvolvimento”. 

Depois do lançamento da Carta, o Seminário continuou com a apresentação de mais cinco painéis, com temas sobre fundos de investimento, microcrédito, dentre outros assuntos.

Para acessar as apresentações feitas no evento, visite o este link.

Fotos: Flora Égecia