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BNDES aprova crédito de R$ 1,8 bilhão para setor de energia

30 de setembro de 2012

A diretoria do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de
R$ 1,8 bilhão para a construção de uma linha de transmissão e duas subestações
que irão conectar a energia gerada pelas usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio
Madeira ao Sistema Interligado Nacional. Os recursos destinam-se à Sociedade de
Propósito Específico (SPE) Interligação Elétrica do Madeira, constituída pela
Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco e por Furnas. 

Os investimentos, no valor total de R$ 3,5
bilhões, vão gerar cerca de 4,4 mil empregos diretos, 7 mil no pico das obras e
38 mil indiretos, sobretudo aqueles ligados à produção nacional de máquinas e
equipamentos, além dos setores de alimentação e de hospedagem. A linha de
transmissão, com 2,3 mil quilômetros, cruzará cinco Estados brasileiros (Rondônia,
Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo) e 84 municípios entre Porto Velho
(RO) a Araraquara (SP). 

A tecnologia utilizada na linha, a de corrente
contínua, é a mais avançada e viável do ponto de vista econômico para a
transmissão em longas distâncias, por dispensar a construção de subestações
intermediárias ao longo de sua extensão. Atualmente, apenas a energia de Itaipu
é transmitida através dessa tecnologia no Brasil. A linha do Madeira será a
mais extensa em corrente contínua do mundo e compõe uma das maiores obras do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

O financiamento do BNDES também inclui o apoio
a investimentos sociais nas comunidades do entorno da usina. Estão contempladas
ações voluntárias dos empreendedores que contribuam para geração de emprego e
renda; capacitação e qualificação de mão de obra local; infraestrutura urbana,
de transportes e social e educação e saúde. 

Debêntures – O projeto poderá contar com recursos obtidos por meio de debêntures
de infraestrutura a serem emitidas pela SPE Interligação Elétricas do Madeira,
no valor máximo de captação de R$ 350 milhões. Nesse caso, as garantias do
financiamento aprovado pelo BNDES também serão compartilhadas com os
debenturistas, aumentando a segurança dos investidores no papel. Caso a empresa
opte por não realizar a emissão de debêntures, deverá aportar recursos próprios
no valor equivalente ao previsto pela captação. 

A operação faz parte das novas medidas adotadas
pelo BNDES para estimular a emissão de debêntures corporativas, buscando
ampliar os recursos disponíveis para investimentos em projetos de
infraestrutura no País e contribuir com o desenvolvimento do mercado de
capitais. Trata-se do quinto financiamento do BNDES que inclui a emissão de
debêntures como instrumento de complementação dos recursos necessários aos
investimentos.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ BNDES

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