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BNB apoia estudo sobre sistema macrologístico do Nordeste

31 de julho de 2012

Um estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC) propõe uma série de intervenções no sistema macrologístico da Região, sobretudo na área de influência da Ferrovia Transnordestina, que abrange os Estados do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. O trabalho foi executado em parceria com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão vinculado ao Banco do Nordeste, que apoiou a iniciativa com recursos do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci).

Segundo os autores, estas intervenções complementares ao sistema ferroviário podem viabilizar o papel deste enquanto catalizador do desenvolvimento regional. No Ceará, por exemplo, eles sugerem a duplicação da BR-116, no trecho entre Salgueiro e Juazeiro do Norte; a construção de terminais rodoferroviários em Sobral, Guaiúba, Quixadá, e Missão Velha; além da criação de um trecho ferroviário ligando os municípios de Quixadá e Nova Russas, dentre outras proposições.

Segundo o diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, Stélio Gama Lyra Júnior, o trabalho serve de subsídio para execução de políticas de financiamento do setor produtivo regional. Neste sentido, ele destaca a atuação do Banco do Nordeste no âmbito do seu Programa de Desenvolvimento Produtivo (Prodepro), voltado principalmente para mitigar gargalos de infraestrutura econômica. Com recursos da ordem de US$ 1,8 bilhão, a serem repassados para os Estados, este Programa poderá financiar muitas das proposições constantes no estudo.

Para o professor João Bosco Furtado Arruda, coordenador do estudo “Caracterização e Análise dos Sistemas Produtivo e Macrologístico na Região Nordeste enquanto Suporte à Localização de Empreendimentos”, as obras associadas à Ferrovia Transnordestina serão determinantes para o fortalecimento do mercado interno e para o aumento da competitividade da base exportadora regional.

De acordo com ele, o atual estado da malha ferroviária nordestina impede a circulação rápida e de baixo custo para os principais produtos exportáveis e para o abastecimento da rede urbana regional. “Isto representa um ‘custo Nordeste’ que, em muitas atividades econômicas regionais, é representado pelo uso do modal rodoviário como única opção para acessar os mercados consumidores e adquirir insumos à produção”, complementa.

Ainda segundo o professor, a Ferrovia Transnordestina dará suporte às cadeias produtivas regionais e será fundamental no processo de interiorização do desenvolvimento nordestino. “A modernização desta malha ferroviária reduzirá custos econômicos, logísticos, energéticos e ambientais, decorrentes do transporte de insumos e produtos, bem como da integração dos arranjos produtivos regionais”, conclui.

Fonte: Assessoria de Comunicação/BNB

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