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BDMG apoia empresa de biotecnologia no combate à dengue

31 de dezembro de 2012

A empresa de biotecnologia Ecovec recebeu apoio do BDMG no valor de R$ 500 mil, para a implantação, no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), de um centro de prestação de serviços de diagnóstico por biologia molecular. O centro fará análises da presença viral no mosquito Aedes aegypti por meio da tecnologia batizada de MI-Dengue.

Uma das principais batalhas travadas pelo governo brasileiro na área de saúde é o combate à dengue, doença considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a mais relevante no caso de transmissão por mosquito, depois da malária. A empresa Ecovec, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desenvolveu o MI-Dengue: sistema que usa uma espécie de armadilha para gerar dados de localização do mosquito, informando quais as áreas que devem ser priorizadas no controle do Aedes aegypti, principal vetor da dengue e febre amarela no Brasil.

Em 2006, a tecnologia MI-Dengue foi premiada com o Tech Museum Awards, como uma das maiores inovações mundiais na área da saúde em benefício da humanidade, de acordo com o diretor presidente da Ecovec, Luis Felipe Ferreira Barroso. O homenageado do evento, Bill Gates, presidente da Microsoft, conheceu pessoalmente o stand da Ecovec e elogiou a tecnologia que monitora o vetor da dengue. Em seu discurso, Gates citou o MI-Dengue como exemplo de inovação e afirmou estar convencido de que “a tecnologia não precisa ser complexa e de custo elevado. Aí está a beleza da tecnologia”, disse Gates.

O uso do MI-Dengue possibilitou a diversos municípios diminuir a incidência dos casos da doença e há estudos que comprovam a redução de até 50% das ocorrências. Segundo Barroso, a ação começa com a instalação de armadilhas georreferenciadas via GPS nas áreas a serem monitoradas. Conhecidas como MosquiTrap, as “arapucas de mosquito” capturam as fêmeas adultas do inseto, impedindo que elas depositem seus ovos. A atração ocorre por meio de um líquido desenvolvido a partir do capim fermentado.

Os próprios agentes conseguem identificar os mosquitos e enviar os dados para a central. A central de processamento gera tabelas, mapas de infestação e índices entomológicos. “Já no modelo convencional, os técnicos precisam visitar as casas em busca de larvas, que ainda precisam ser analisadas em laboratório”, explica Barroso. Desde 2005, o dispositivo foi implantado em mais de 57 cidades brasileiras e cinco outros países. 

Fonte: Assessoria de comunicação/ BDMG

Imagem: BDMG

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