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BC: crescimento da economia será com inflação controlada
30 de novembro de 2012
A retomada do crescimento econômico, embora mais lenta que o previsto, irá se materializar em ambiente de inflação sob controle. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (11/12).
Segundo Tombini, há um conjunto de fatores que favorece o retorno do deslocamento da inflação em direção do centro da meta em 2013. Cabe ao BC, perseguir a meta de inflação, que tem como centro 4,5% e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Para o presidente do Banco Central, um dos fatores que deve contribuir para ter inflação menor em 2013 é o reajuste do salário mínimo menor do que o deste ano. “A importante redução no ritmo de crescimento desse parâmetro deve contribuir para suavizar a dinâmica dos salários de um modo geral, com repercussões sobre os custos de produção, sobretudo nos segmentos intensivos em mão de obra”, disse.
Tombini acrescentou que os ganhos salariais do setor público nos próximos três anos serão moderados. “Para a economia como um todo, antecipam-se variações salariais mais condizentes com os ganhos de produtividade”, disse.
Ele citou perspectivas para os próximos semestres que apontam moderação na dinâmica dos preços de ativos reais e financeiros. “Em particular, como temos afirmado, nosso regime de câmbio flutuante [taxa de câmbio definida pelo mercado] não deve ser visto como um incentivo para apostas que exacerbam a sua volatilidade [oscilações]”, acrescentou.
Na avaliação de Tombini, medidas adotadas pelo governo reduzirão os custos de produção e aumentarão a competitividade da economia brasileira.
Outro fator citado por Alexandre Tombini para balizar a expectativa de que a inflação irá convergir para o centro da meta é a expansão do crédito às pessoas físicas “em ritmo mais alinhado ao crescimento da renda disponível das famílias”. Por último, ele citou que o “frágil cenário internacional” ajuda a reduzir a inflação no Brasil.
O presidente do BC destacou que, em sua avaliação, a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar de 7,25% ao ano, “por tempo suficientemente prolongado” é a estratégia mais adequada para levar a inflação para o centro da meta.
Fonte: Agência Brasil de Notícias/ABr
Foto: Antonio Cruz
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