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Banco Central revisa previsão de crescimento

31 de maio de 2014

Divulgado pelo Banco Central (BC), o Relatório de Inflação apresentou uma nova revisão no cenário, em relação ao documento anterior, para a economia brasileira em 2014. O relatório prevê crescimento menor, passando de 2% para 1,6%, inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – mais alta, subindo de 6,1% para 6,4%, e contração dos investimentos.

No cenário internacional, o Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram altos. Além disso, considera que apesar de ser baixa a probabilidade de ocorrência de eventos extremos, o ambiente nos mercados financeiros internacionais continua complicado. As perspectivas de atividade global mais intensa mantiveram-se inalteradas, embora haja evidências de taxas de crescimento para este ano, em algumas economias maduras, baixas e/ou abaixo das taxas de crescimento potencial. Em resumo, o Copom entende que o cenário de maior crescimento global somado a depreciação do real pode tornar a dinâmica da demanda externa mais favorável ao crescimento da economia brasileira.

Para o ambiente interno, o Comitê prevê ritmo de atividade menos intenso este ano, em comparação com 2013, e acredita que o consumo tende a continuar em expansão (ainda que em ritmo mais moderado do que o observado nos últimos anos). Além disso, pontua que os investimentos e as exportações tendem a ganhar impulso.

O mercado de crédito, por sua vez, segue as condições monetárias e a posição cíclica da economia. A carteira total de crédito do sistema financeiro cresceu em ritmo moderado no trimestre.

O déficit em transações correntes em doze meses até maio de 2014 equivaleu a 3,65% do PIB e tem sido financiado essencialmente com ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos. As despesas com serviços e rendas tendem a se manter nos níveis atuais, e, em cenário de retomada da atividade econômica global e da produção doméstica de petróleo e derivados, as perspectivas sugerem melhora do saldo comercial ao longo do ano.

O Copom antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas, que, mantidas as condições monetárias, tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção. A inflação em doze meses registrou 6,37% em maio, (0,13 p.p. abaixo da registrada até maio de 2013). O recuo da inflação acumulada em doze meses reflete a menor variação dos preços livres, de 7,07% (ante 8,11% até maio de 2013), uma vez que os preços administrados por contrato e monitorados variaram 4,08% (ante 1,54% até maio de 2013). A resistência da inflação plena em parte reflete a dinâmica dos preços dos serviços – cerca de um terço da cesta que compõe o IPCA –, que variaram 8,70% (ante 8,51% até maio de 2013).

Por fim, o Comitê destaca que “em momentos como o atual, a política monetária deve se manter vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação, como o observado nos últimos doze meses, persistam no horizonte relevante para a política monetária”.

Fonte: Banco Central

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