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Balanço de Pagamentos registra superávit em julho de US$ 5,2 bi

31 de julho de 2014

O Banco Central divulgou nesta manhã os dados de setor
externo de julho. O balanço de pagamentos registrou expressivo superávit de US$ 5,2 bilhões (o melhor resultado
desde março de 2012). O bom desempenho do mês reverteu o déficit em 12 meses,
que vinha ocorrendo desde julho de 2013, ao totalizar saldo positivo de US$ 4,5
bilhões (0,2% do PIB contra -0,01% em junho). As transações correntes foram
deficitárias em US$ 6,0 bilhões no mês, acumulando – US$ 78,4 bilhões no fluxo
de 12 meses (-3,45% do PIB contra -3,6% no mês anterior). O resultado do
balanço foi puxado pelo forte superávit da conta de capital e financeira, que
registrou entrada líquida de US$ 10,7 bilhões, somando US$ 78,5 bilhões de
saldo positivo em 12 meses (3,45% do PIB contra 3,3% em junho).
  

Transações correntes: A conta de serviços registrou déficit de US$ 4,5 bilhões em
julho (US$ 48,5 bilhões em 12 meses, ou 2,1% do PIB). Os gastos com viagens
internacionais totalizaram US$ 1,6 bilhão (US$ 18,5 bilhões em 12 meses ou 0,8%
do PIB), resultado das elevações de 46,1% nos gastos de viajantes estrangeiros
ao Brasil e de 10,1% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior.
Por sua vez, a conta de rendas apresentou déficit de US$ 3,2 bilhões (US$ 38,9
bilhões no fluxo anual ou 1,7% do PIB), fruto de pagamento de juros ao exterior
de US$ 2,1 bilhões no mês (US$ 24,8 bilhões ou 1,1% do PIB) e as remessas líquidas
de lucros e dividendos alcançaram US$ 1,1 bilhão (US$ 14,5 bilhões ou 0,6% do
PIB).
  

Conta Capital e Financeira: O ingresso líquido de Investimento
Estrangeiro Direto atingiu US$ 5,9 bilhões no mês (totalizando US$ 64 bilhões
em 12 meses ou 2,82% do PIB). Os investimentos estrangeiros em carteira
apresentaram saídas líquidas de US$ 2,1 bilhões em julho (US$ 34,3 bilhões ou
1,5% do PIB).
 
  

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram
US$ 379 bilhões em julho, redução de US$ 1,5 bilhão em relação ao mês anterior.        

Apesar do bom desempenho do mês, que indica reversão da
tendência deficitária no ano, o resultado da entrada de investimento
estrangeiro ainda não é suficiente para cobrir o déficit em transações
correntes, fazendo com que o balanço de pagamentos dependa da entrada de
investimento em carteira. Ainda assim, observa-se alento nas contas externas. 

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