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ABDE promove reunião para apresentar nova Política Operacional do BNDES

31 de dezembro de 2016

Cerca de 60 representantes das Instituições Financeiras de Desenvolvimento associadas à ABDE participaram, na manhã desta terça-feira (10/1), de uma reunião para apresentação da nova Política Operacional do BNDES, divulgada na última semana. A atividade, na sede do banco, no Rio de Janeiro, foi conduzida pela Área de Operações Indiretas (AOI) da instituição, com detalhamento das alterações e novidades nas linhas, produtos e sistemática operacional. Participou do encontro o chefe de departamento da AOI/Derai do BNDES, Carlos Viana. 

As novas políticas entram em vigor neste mês de janeiro e a prioridade passa a ser a de conceder maiores incentivos, com financiamentos em TJLP, a investimentos com retornos para a sociedade superiores aos obtidos pelo investidor privado, conciliando apoio a projetos relevantes para a retomada do crescimento com retorno social expressivo, independentemente do setor em que se originam.

As Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) também ganharam destaque no novo desenho. A expectativa do banco é de que as mudanças contribuam para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas, o crescimento econômico e a geração de empregos. Com as novas políticas, espera-se, ainda, ampliar a transparência nos critérios de financiamento; melhorar o gerenciamento dos projetos; simplificar formas de apoio, com consolidação de programas e linhas; obter mais agilidade nos processos de concessão de crédito; retroalimentar a atuação do banco com a mensuração e avaliação de projetos e fortalecer a governança nas instituições apoiadas pelo BNDES.

“Foi um trabalho que envolveu todo o banco, tivemos discussões profundas sobre cada ponto. As mudanças estão alinhadas ao momento que o país vive e também às opções estratégicas dessa diretoria. Para isso, temos ações de curto prazo, como a consolidação e simplificação das linhas de financiamento, e também uma visão de médio e longo prazo, buscando aumentar a produtividade e competitividade das empresas brasileiras, pois é isso que vai gerar empregos e desenvolvimento no país”, afirmou nessa manhã, em entrevista coletiva, a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, esclarecendo que as políticas serão revisadas a cada ano.

Mudanças – Uma das principais mudanças, a partir das novas regras, é que, à exceção da área de infraestrutura, a lógica setorial será substituída por novas condições de financiamento que passam a refletir atributos dos projetos apoiados. Assim, projetos relacionados a educação, saúde, inovação, exportação, MPMEs e meio ambiente serão prioritários e terão melhores condições de financiamento, independente do setor em que se enquadram.

Da mesma forma, nos financiamentos atrelados à TJLP haverá maior seletividade para assegurar melhores condições a investimentos com impactos relevantes sobre a geração de empregos, aumento de produtividade e melhoria de qualidade de vida da população. O apoio a projetos financiados em TJLP estará condicionado à geração de benefícios nas dimensões econômica, social, ambiental e regional.

As alterações passam também pela mudança na classificação de porte das MPMES, de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões de Receita Operacional Bruta (ROB) anual, o que ampliará o acesso ao crédito para esse segmento. Estima-se que cerca de 1,5 mil empresas passem a poder obter financiamento em melhores condições no BNDES. Essas empresas terão prioridade de financiamento em até 80% em TJLP no BNDES Automático, que inclui operações com valores inferiores a R$ 20 milhões.

Novas linhas – As novas políticas operacionais buscam simplificar os vários instrumentos de financiamento atualmente operados pelo banco, com a criação de duas novas linhas de financiamento (Incentivada e Padrão), que eliminaram sobreposições e fundiram antigos produtos ofertados pela instituição aos seus clientes.

Com a linha Incentivada, o BNDES atenderá os investimentos considerados prioritários pelo seu maior impacto positivo para a sociedade, que terão o menor custo de financiamento; enquanto a linha Padrão será destinada àqueles projetos com retornos sociais menos expressivos. O número de instrumentos de financiamento (entre linhas, produtos e programas) caiu de mais de 100 para cerca de 50.

Maria Silvia destacou que, com as mudanças, o banco não vai deixar de figurar em áreas em que atuava até então, mas agora agirá com maior convergência e sem sobreposição de instrumentos. “Estamos adaptando o arcabouço que possuímos a uma nova realidade, não só do país, mas de todo o mundo. Havia, claramente, a necessidade de uma revisão”, afirmou.

A íntegra das mudanças podem ser conferidas no site do banco, clicando aqui.

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