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Representantes
de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) da América
Latina compartilharam, nessa segunda-feira (16/05), relatos sobre programas e
projetos voltados para o financiamento à infraestrutura sustentável. No
seminário, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela ABDE, foram apresentados mecanismos de
gestão de riscos e instrumentos financeiros inovadores para promover Parcerias Público-Privadas (PPPs) e alavancar o investimento privado em projetos nas áreas de
energia, mobilidade urbana, gestão de recursos hídricos.  

Na abertura do evento, a especialista em
mercados financeiros do BID, Maria Netto, destacou que esse é um bom momento para uma reflexão por parte das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs): “Essa é uma oportunidade de interação importante, pois há uma necessidade de trazer o investimento privado e as instituições devem repensar o seu papel. A experiência daqueles que já desenvolveram estratégias inovadoras permitiram uma nova forma de interação com a sociedade”. 

Para o presidente da ABDE, Milton Luiz de Melo Santos, é hora de criar um ambiente amistoso para a atração do capital externo. “A ABDE pode dar uma contribuição importante a esse tema, da infraestrutura sustentável, e de pensar oportunidades e caminhos para promover políticas públicas para o desenvolvimento.”

Também presente, Eduardo
Kunze, chefe de Relações Internacionais da Associação
Latino-americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide), sinalizou que a proximidade entre as três
instituições, ABDE, BID e Alide, permite uma troca de informações fundamental
para o reconhecimento do papel das IFDs no desenvolvimento e para a mitigação
das mudanças climáticas. Esse tema abriu os debates, sendo o assunto do
primeiro painel do dia, apresentado por Tom Heller, da Climate Policy Inicitive
(CPI), que falou sobre a passagem da economia baseada na energia poluente
(brown) para a não-poluente (green). “Qual será o custo? Quanto irá custar a
mais para produzirmos de forma sustentável?” , perguntou ele, lembrando que
quando mais pessoas organizarem suas vidas de forma sustentável, menor será o
custo das energias verdes.

Também participaram do seminário representantes do Connecticut Green Bank (Estados Unidos), Nacional Financiera (México), Corporación
Financiera de Desarrollo (Peru), BNDES, Banco do Brasil, Desenvolve SP, BDMG e Fomento
Paraná (Brasil).