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ABDE e Bancos de Desenvolvimento debatem com Galípolo ampliação de limites para LCDs e financiamento ao setor público

29 de abril de 2025

O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e da Finep Celso Pansera, participou, nesta segunda-feira (28), de uma reunião com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar de temas estratégicos para o fortalecimento do Sistema Nacional de Fomento (SNF). Entre as pautas, a ampliação do limite de emissões das Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCDs) e o aumento do percentual permitido para operações de crédito com o setor público.

Durante o encontro, Pansera destacou que a rápida adesão do mercado às LCDs demonstra o potencial do novo instrumento para mobilizar recursos de longo prazo para setores estratégicos da economia. Em 2024, em apenas uma semana, os bancos de desenvolvimento BNDES, BRDE e BDMG praticamente atingiram o teto de R$ 10 bilhões em emissões estipulado pela regulamentação, evidenciando a necessidade de ajustar os limites para que os R$ 40 bilhões autorizados pelo Congresso Nacional possam ser integralmente utilizados. Também estiveram presentes no encontro o diretor executivo da ABDE, André Godoy; o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Saintive; o diretor-presidente do BDMG, Gabriel Viegas Neto; e o Diretor Financeiro do BRDE, João Paulo Kleinübing.

Outro ponto abordado foi a importância de ampliar o limite atual de 45% do patrimônio de referência para operações de crédito com foco em cidades, considerando a crescente demanda por investimentos em infraestrutura, desenvolvimento regional e adaptação às mudanças climáticas. Segundo estudos da ABDE, um aumento de apenas 1 ponto percentual poderia liberar cerca de R$ 1,8 bilhão em novas operações para o setor público.

“A ampliação dos limites é fundamental para que os bancos de desenvolvimento possam continuar fomentando investimentos estratégicos nos municípios e fortalecendo a infraestrutura necessária para a adaptação climática e o crescimento sustentável”, afirmou Celso Pansera.

A ABDE seguirá em diálogo com o Banco Central e demais autoridades econômicas para avançar nas propostas que garantam mais crédito de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do Brasil.