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Banco da Amazônia realiza operação de custeio do Pronaf para Manejo Florestal Comunitário

17 de outubro de 2019

O Banco da Amazônia liberou, por meio do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf),  R$ 850 mil em crédito para custeio do manejo florestal comunitário. A iniciativa, que utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), contempla mais de 30 famílias da Reserva Extrativista Verde para Sempre.
“O Banco está valorizando a biodiversidade no sentido econômico, enfatizando a importância da capacitação, concedendo o crédito produtivo com orientação prévia, conscientização e promovendo o entendimento mais amplo da floresta, agregando valor à produção e dando condições deste segmento crescer dentro da sua atividade”, aponta Misael Moreno, gerente de pessoas físicas do Banco da Amazônia.
A assinatura é o desfecho positivo de um trabalho que começou em junho, quando 26 especialistas de cinco instituições diferentes elaboraram a primeira planilha de risco técnico agrícola para o custeio de Manejo Florestal Comunitário Familiar (MFCF). O instrumento é fundamental para cooperativas e associações extrativistas da Amazônia acessarem crédito junto ao sistema financeiro.
O Pronaf Custeio será concedido no formato de crédito individual com autorização para uso coletivo, um arranjo financeiro único, especialmente concebido para atender as peculiaridades das famílias da Resex. Ou seja, as garantias e a administração dos recursos são comunitárias, feitas pela Cooperativa Mista Agroextrativista Nossa Senhora do Perpetuo Socorro do Rio Arimum (Coonspra) e pela Associação Comunitária Agroextrativista do Rio Curuminim.
Condições especiais
Para acessar este financiamento, Cooperativa e Associação apresentaram ao Banco da Amazônia uma planilha de custeio de cada extrativista, com detalhamento das atividades e cronograma de execução. Os recursos serão entregues em parcela única, com prazo de pagamento de até dois anos. A taxa de Juros é de 3% ao ano, a menor taxa de custeio do Pronaf disponível hoje.
A garantia para as operações é a Autorização de Exploração (Autex), que foi originada no Plano de Manejo Florestal Sustentável da Resex Verde para Sempre e no contrato de venda da madeira. O manejo sustentável realizado pelas famílias da Resex tem autorização do ICMBio.
A comprovação de renda dos beneficiários foi feita com a apresentação da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DPA) dos extrativistas e da madeira que irão manejar. Os cooperados e associados assinaram uma declaração autorizando a cooperativa ou associação a administrar e operar os recursos dos financiamentos rurais do Pronaf.
“O Pronaf é a melhor fonte de recursos para os extrativistas”, aponta João Luiz Guadagnin, especialista em crédito rural da Conexsus. “Os extrativistas e suas organizações econômicas, cooperativas e associações, têm no Pronaf a fonte mais estável, com menor custo e que tem a maior oferta e a mais fácil de ser obtida”, destaca.
Com 1,3 milhão de hectares e 250 famílias de extrativistas, a Resex Verde Para Sempre foi criada em 2004. Em 2016, o ICMBio entregou cinco planos de manejo florestal sustentáveis comunitários de uso múltiplo aos moradores da Resex, entre eles, os das comunidades do rio Arimum e Curumim. O Pronaf Custeio vai viabilizar que a associação e cooperativa colham, no total, 9,17 mil metros cúbicos de madeira tropical manejada.
“Assim, o Banco da Amazônia cumpre com a sua missão, que é promover o desenvolvimento sustentável da região Amazônica, através da execução das políticas públicas e da oferta de produtos e serviços financeiros, visando à satisfação dos clientes, acionistas e sociedade”, afirma Misael Moreno.
Para a comunidade, é um avanço importante, já que não dependerão de acordos com compradores ou atravessadores para cobrir os custos da safra de madeira.
“Sempre vi meus pais e avós manejando madeira. A vida toda, eu trabalho com isso, mas agora será diferente. Vou ter como trabalhar com as próprias pernas. Vamos deixar de ser explorados por atravessadores, porque teremos condições de produzir e comercializar por conta própria”, comemora Rosalina Magalhães é uma das extrativistas que receberão o financiamento.
Fonte:  Banco da Amazônica 

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