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PIB brasileiro cai 0,6% em relação ao primeiro trImestre

31 de julho de 2014

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (29/08) o
resultado do Produto Interno Bruto (PIB)
do segundo trimestre de 2014. O dado, bastante negativo, confirmou que o país está,
oficialmente, em “recessão técnica” ao apresentar recuo de 0,6% em
relação ao período imediatamente anterior, já descontada o efeito sazonal.
Recessão técnica se configura quando ocorre diminuição marginal por dois
trimestres consecutivos da atividade econômica. A última vez que o Brasil
registrou recessão foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, fruto
dos efeitos da crise internacional. Na ocasião, foi registrado recuo marginal
de 4,2% e de 1,7% respectivamente. Em relação ao segundo trimestre de 2013 o
PIB caiu 0,9% e em 4 trimestres registrou alta de 1,4%. 

Segundo
trimestre de 2014 em relação ao trimestre anterior (série com ajuste Sazonal)

O PIB do segundo trimestre registrou queda de 0,6% em relação ao
primeiro trimestre, já descontada do efeito sazonal. 

Pelo lado da oferta, o Setor Agropecuário teve variação
positiva de 0,2%, ao passo que Indústria
e Serviços registraram queda de 1,5%
e 0,5%, respectivamente. 

Dentre os subsetores da
Indústria, apenas a Extrativa Mineral
registrou expansão de 3,2% e quedas na Indústria
de Transformação (-2,4%) e na Construção
civil (-2,9%). Nos Serviços, a queda foi influenciada pelo desempenho
negativo do Comércio (-2,2%).

Pela ótica da demanda,
destacamos a Formação Bruta de Capital Fixo
(FBKF), que recuou 5,3%. Trata-se do quarto trimestre consecutivo de queda.
Também houve queda de 2,1% nas Importações
de Bens e Serviços e de 0,7% no Consumo
da Administração Pública (após três trimestres de resultados positivos). Já
o Consumo das Famílias, que havia recuado
0,2% no trimestre anterior, teve expansão de 0,3%, assim como a Exportação de Bens e Serviços, que após
registrar queda de 3,8%, teve alta de 2,8%.

O PIB alcançou, em valores
correntes, R$ 1.271,2 bilhões no
trimestre. A taxa de investimento no
segundo trimestre de 2014 correspondeu a 16,5% do PIB, abaixo do mesmo período
do ano anterior (18,1%).

Segundo
trimestre de 2014 em relação ao segundo trimestre de 2013

Considerando o mesmo período
do ano anterior, o PIB caiu 0,9%. 

Pelo lado da oferta, a Agropecuária apresentou estabilidade
(0,0%), enquanto a Indústria apresentou
queda de 3,4% e o setor de Serviços expansão
de 0,2%. 

Dentre os subsetores da
Indústria, a Extrativa Mineral
registrou expansão de 8,0% e quedas na Indústria
de Transformação (-5,5%) e na Construção
civil (-8,7%). Nos Serviços, o crescimento do setor de Serviços de Informação (3,0%) foi destaque, enquanto Comércio e Outros Serviços apresentaram quedas de 2,4% e 1,6%,
respectivamente.

Pela ótica da demanda o
destaque foi para Formação Bruta de
Capital Fixo (FBKF), que recuou 11,2%. Também houve queda de 2,4% nas Importações de Bens e Serviços. Os
outros componentes, apesar de terem perdido força, apresentaram expansões: Exportação de Bens e Serviços (1,9%), Consumo das Famílias (1,2%) e Consumo da Administração Pública (0,9%).

Acumulado
em quatro trimestres

Se considerarmos o acumulado
em quatro trimestres, o PIB cresceu 1,4%. 

Pelo lado da oferta, a Agropecuária teve aumento de 1,1%, o
setor de Serviços de 1,6%, com
destaque para Serviços de Informações (aumento
de 5,3%), e a Indústria de 0,5%, que
teve quedas da Indústria de Transformação
(-0,2%) e na Construção Civil (-1,4%). 

Pelo lado da demanda, mais
uma vez, Formação Bruta de Capital Fixo
(FBKF) registrou queda de -0,7%. Com exceção do Consumo da Administração Pública, que teve aumento de 2,2%, os outros componentes (Exportação de Bens e
Serviços (3,4%) e Consumo das
Famílias (2,1%)), apesar de terem tido variações positivas, perderam força
quando confrontados com o 1º trimestre de 2014 nessa mesma base de comparação.

Fonte: Gesec/ABDE



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