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O Banco
Central divulgou nessa terça-feira (26/08) o saldo total das operações de crédito do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) para o mês de julho. O estoque das operações
somou R$ 2.835 bilhões (56,1% do PIB), com expansões de 0,2% no mês e 11,4% em
doze meses. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 1.331
bilhões (47% do total de operações do SFN), um aumento de 0,5% no mês e de
13,5% em doze meses. Já as operações com empresas chegaram a R$ 1.504
bilhões (53% do total de operações do SFN), o que representa queda de -0,1% em
relação ao mês anterior e crescimento de 9,6% no acumulado em doze meses. 

A carteira
com recursos direcionados, que engloba as operações do BNDES, os
financiamentos imobiliários e o crédito rural manteve desempenho significativo,
chegando a R$ 1.319 bilhões (47% do total de operações do SFN). O crescimento
de 1% no mês foi impulsionado principalmente pelo crédito imobiliário destinado
às famílias. Também tiveram destaque os investimentos com recursos do BNDES
para as empresas. Em doze meses, o crescimento é de 19,8%. 

 Em
contrapartida, a carteira com recursos livres totalizou R$ 1.516 bilhões
em julho (53% do total de operações do SFN), uma contração de 0,5% no mês,
reflexo da menor contratação pelas empresas (especialmente capital de giro,
desconto de duplicatas e conta garantida) e da diminuição na demanda de crédito
das famílias. No acumulado em doze meses, temos um crescimento de 5,0%. 

Considerando
a distribuição do crédito por segmentos, as operações com o setor privado
alcançaram em julho R$ 2.661 bilhões (crescimento de 0,1% no mês), com destaque
para expansão de financiamentos imobiliários das famílias e das empresas – essa
modalidade passou a representar 9,1% do PIB, contra 7,6% em julho do ano
anterior. O saldo das operações com o setor comercial totalizaram R$ 236
bilhões (queda de 1,5% no mês), reflexo da menor demanda do varejo de bens
semiduráveis e duráveis. As operações com crédito rural alcançaram R$
238 bilhões (recuo de 0,1%). As operações com créditos destinados à
indústria e a outros serviços chegaram, respectivamente, a R$ 526 bilhões e
R$ 419 bilhões (reduções de 0,2% e 0,5%, na sequência). Por fim, o saldo das operações
com setor público situou-se em R$ 175 bilhões (elevação de 2,3% no mês),
com destaque para os créditos aos estados e municípios e à esfera federal. 

As operações
de crédito de instituições financeiras públicas alcançaram R$ 1.500 bilhões
(53% do total de operações do SFN), crescimento de 0,7 no mês e de 16,6% no
ano.
A inadimplência
do sistema financeiro (correspondente às operações com atrasos superiores a
90 dias) manteve-se em 3%. O resultado representa menor nível da série
histórica iniciada em março de 2011. Em relação ao segmento de pessoas físicas
e jurídicas, o indicador permaneceu estável em 4,3% e 2%, respectivamente. Já
nas operações com recursos livres, a inadimplência alcançou 4,9% (alta de 0,1
p.p. no mês), enquanto o segmento de recursos direcionados permaneceu em 1,0%.      

Fonte: Gesec/ ABDE