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Ata do Copom indica manutenção da taxa Selic até o fim do ano

30 de junho de 2014

O Banco Central divulgou na manhã desta quinta-feira (24/7) a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), referente à reunião da última semana, quando decidiu, por unanimidade, manter a taxa de juros estável em 11,00% a.a. sem viés. O tom do documento confirmou as expectativas de manutenção da taxa ao longo do ano. A mudança mais importante em relação a ata da última reunião ficou por conta do paragrafo 31:

“31. O Copom avalia que pressões inflacionárias ora presentes na economia – a exemplo das decorrentes dos processos de realinhamentos de preços citados anteriormente e de ganhos salariais incompatíveis com ganhos de produtividade – tendem a arrefecer ou, até mesmo, a se esgotarem ao longo do horizonte relevante para a política monetária. Em prazos mais curtos, some-se a isso o deslocamento do hiato do produto para o campo desinflacionário. Ainda assim, o Comitê antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas, que, mantidas as condições monetárias – isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária – tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção.”

Ou seja, o colegiado voltou a lembrar que a política monetária opera com defasagens e que os efeitos da alta da Selic (de 7,25% para 11% ao ano) ainda vão ser sentidos na inflação. Nesse sentido, embora o Comitê reconheça que existem pressões inflacionárias na economia, fica claro que não há intenção de aumentar a taxa de juros.

Vale ainda destacar o paragrafo 24, no qual o Banco Central prevê redução na expansão do crédito. Diz o documento que após anos com forte crescimento do crédito para consumo, há moderação no ritmo. De um lado observamos a redução de exposição dos bancos e, de outro, a desalavancagem das famílias. Sendo assim, o Copom acredita que os riscos que podem ser causados na inflação pelo mercado de crédito ao consumo estão mitigados.

Fonte: Banco Central / Com equipe ABDE

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