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Economista da ABDE acompanha debate sobre conjuntura mundial

31 de dezembro de 2013

A gerente de Estudos Econômicos
da ABDE, Fernanda Feil, participou da 5ª edição do Laporde (Latin American Advanced Programme on
Rethinking Macro and Development Economics), promovido pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV). O evento aconteceu em São Paulo, entre os dias 6 e 10 de
janeiro, e reuniu destacados especialistas internacionais para discutir a
economia mundial. 

 As discussões sobre
desenvolvimentismo, formas alternativas de pensar os indicadores
macroeconômicos e sua relação com temas sociais estiveram no centro da
discussão. Dentre os palestrantes, nomes destacados como Ha-Joon Chang, da University
of Cambridge, José Antonio Ocampo, da Columbia University, Luiz Carlos
Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda e da administração federal e reforma do
Estado, atual professor na FGV, Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do
Ministério da Fazenda e atual professor da FGV, Gabriel Palma, da University of
Cambridge e Thomas Palley, da AFL-CIO em Washington. 

Dentre as apresentações, merece destaque
especial a realizada por Nelson Barbosa, que falou sobre a nova realidade
social do Brasil. De acordo com o ex-secretário da Fazenda, a política
macroeconômica foi utilizada para garantir conquistas sociais. Ele acredita
ainda que esse tema deverá seguir como prioritário ao governo neste ano.
Barbosa argumentou também que a diminuição do superávit primário não é
preocupante no longo prazo e, aproveitou para esclarecer que o governo, ainda
que com uma economia primária menor, segue mantendo um déficit nominal sob
controle e apresenta trajetória de queda da dívida líquida. 

 Por sua vez, Ha-Joon Chang, autor
da obra Chutando a Escada: a estratégia
do desenvolvimento em perspectiva histórica, defendeu a necessidade de
políticas industriais para o desenvolvimento econômico. De acordo com o especialista,
não há nenhum país que tenha crescido sem tais políticas. Discussões como a
coordenação dos investimentos produtivos entre os competidores, regulamentação
do mercado industrial, de forma a garantir um maior desenvolvimento conjunto
paro os agentes econômicos, políticas para garantir a economia de escala e para
a regulação na tecnologia de importados foram alguns dos argumentos
apresentados por ele.

Luiz Carlos
Bresser-Pereira defendeu a teoria de que, ainda que uma política industrial
forte por parte do governo seja de extrema importância, nada adiantará se não
existir um controle da taxa de câmbio. O ex-ministro afirmou que, de acordo com
seus cálculos, cada dólar corresponderia a R$3,00 (três reais). O equilíbrio da
taxa de câmbio é calculado por meio da produtividade industrial, ou seja,
aquele que faz com que as indústrias atuem de forma competitiva. 

 Já Ocampo discorreu sobre os efeitos
da crise financeira na América latina. O ex-ministro da Colômbia argumentou que
a crise foi muito forte e atingiu a região de forma intensa: houve uma forte queda
do Produto Interno Bruto (PIB), seguido por uma rápida recuperação e nova
desaceleração. As políticas contra cíclicas, de ordem monetária e fiscal, foram
essenciais para minimizar os efeitos da crise global na região. Ocampo ressaltou
também que o maior entrave ao crescimento da América Latina é o baixo nível de investimento.

Fonte: Equipe ABDE

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