publicações-rumo

Publicações

Notícias


Aumenta o número de empresas de alto crescimento, diz IBGE

31 de outubro de 2013

A terceira edição da pesquisa Estatísticas do Empreendedorismo, divulgada nesta segunda-feira (18/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que havia um total de 34.528 empresas de alto crescimento (EAC) no país em 2011, que empregavam 5 milhões de assalariados e pagavam, entre salários e remunerações, R$ 95,4 bilhões.

Os dados disponibilizados mostram que houve aumento de 3,6% no número de empresas em relação a 2010, além de incremento de 0,8% no pessoal assalariado ocupado e de 8,1% nos salários e remunerações pagos.

São consideradas EAC as empresas que têm mais de dez empregados e que mantiveram uma média de crescimento do pessoal assalariado ocupado de, pelo menos, 20% nos três anos anteriores. Do total, 34.106 eram empresas de alto crescimento orgânico (EAC orgânico), em que o aumento do pessoal assalariado resulta de novas contratações. Essas companhias cresceram de um ano para outro 3,8%.

Na avaliação do economista Cristiano Santos, coordenador da pesquisa do IBGE, o dado mais importante é a geração de novos postos de trabalho. “Se eu for fazer a comparação com as empresas que têm mais de dez empregados no Brasil, percebe-se que 7,7% das EAC são responsáveis por quase a metade da geração de novos postos”, disse.

Considerando todas as empresas existentes no país, observa-se que as 34.528 empresas de alto crescimento foram responsáveis pela geração de 3,2 milhões de postos de trabalho entre 2008 e 2011, enquanto o restante – 98,5% – respondeu por 2,5 milhões de empregos.

“Esse é um dado bastante grande, porque é muito concentrado. São empresas que estão crescendo rapidamente e acabam empregando muito mais que as outras. Esse é o dado mais importante, eu diria”, afirmou Santos.

O estudo revela que os 3,2 milhões de postos de trabalho assalariado criados por estas empresas, entre 2008 e 2011, corresponderam a 56% do total de empregos gerados por companhias com um ou mais trabalhador assalariado e a 67% dos postos gerados por empresas com mais de dez empregados.

O setor da construção civil continua sendo uma grande base para esse crescimento, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, disse o pesquisador. Cristiano Santos lembrou que no período de 2008 a 2011, o crescimento no Brasil foi variado devido à crise financeira internacional iniciada nos Estados Unidos, e acabou sendo impulsionado pelo incremento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB), registrado em 2010, que puxou as médias para cima.

De acordo com o estudo do IBGE, o pessoal assalariado nas EAC subiu, em média, 175,5%, entre 2008 e 2011. Isso comprova que essas empresas mantiveram um crescimento forte no período, apesar da crise externa, indicou o economista do IBGE.

Do ponto de vista dos setores que mais contrataram, Santos salientou que nas empresas de alto crescimento orgânico, os destaques foram a construção civil e a atividade de serviços complementares, entre os quais serviços de consultoria e serviços prestados a outras companhias, como os de limpeza, por exemplo. No cômputo geral as empresas que lideraram o ranking de crescimento, no período, foram as ativas, o comércio, a indústria da transformação e a de construção.

A pesquisa mostra, ainda, que quase 60% das unidades locais de EAC orgânico estavam em regiões metropolitanas. O estado de São Paulo concentrava 30% das unidades locais e 31,2% do pessoal ocupado assalariado nestas empresas.

Fonte: Agência Brasil

Mais notícias