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Desenbahia libera recursos para financiar safra 2013/ 2014

31 de julho de 2013

O governo da Bahia lançou na última segunda-feira (12/08) o Plano Safra da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura 2013/2014.  Os produtores terão R$ 5,5 bilhões para financiamento. O volume de crédito cresceu 22% em relação á safra anterior. Desta vez, além do Banco do Brasil e do BNB, os recursos poderão também ser obtidos na Desenbahia. Presente ao lançamento, o governador Jaques Wagner admitiu que o foco das ações são os agricultores familiares, que na Bahia são 665 mil, 15% do total do Brasil.

Wagner fez um apelo aos prefeitos baianos para que usem os recursos a fim de promover a desconcentração de renda no estado, através do pequeno agricultor. Hoje, 38% da população está na zona rural. “Crescemos quase o dobro do Brasil em iDh (Índice de Desenvolvimento Humano), mas ainda ocupamos a 22- posição entre 27 estados”.

Ao contrário do governo federal, que lançou um plano próprio para cada uma das quatro áreas do agronegócio, o estado as reuniu em um mesmo pacote de ações, adaptando-o à realidade baiana. “O governo aglutinou essas áreas para que o Plano Safra tenha um efeito mais objetivo”, disse o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária, João Martins.

A entidade, assim como outras representações da agropecuária baiana, considera que o plano é positivo. Mas o setor está cético quanto à eficácia e à continuidade dele nos próximos anos.

Para o presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo, o plano poderia ter sido anunciado antes, mas, apesar disso, ainda chegou a tempo. “O problema é que, como foi anunciado no segundo semestre, o ano fica curto. É importante que os programas estejam bem estruturados e trabalhados para que o plano aconteça”.

Presidente do Sindicato Rural de Miguel Calmon, Humberto Miranda acredita que, para essa região, a solução é um plano de medidas a longo prazo. “Precisamos de um plano de estado para 10 anos, 20 anos”, diz Miranda.

Um dos destaques do plano é a expansão da assistência técnica, que vai ser prestada a 335 mil agricultores familiares, atingindo 53% desse grupo. Hoje, alcança apenas 80 mil agricultores.

O governo também vai investir no crédito assistido a 33,5 mil deles, em 21 cadeias produtivas. “Percebemos que não adianta só dar o crédito; é preciso orientar. Vamos dar 150 palestras para várias cadeias em toda a Bahia”, disse o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles. 

Outra ação que vai beneficiar os agricultores familiares é a regularização fundiária de terras de até 50 hectares. Espera-se que, com isso, 95% dos processos de titulação do estado sejam agilizados. Os títulos de propriedade podem, inclusive, ajudar esse grupo de agricultores a ter acesso ao crédito rural.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ Desenbahia

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