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BNDES tem lucro de R$ 8,2 bilhões em 2012

31 de janeiro de 2013

O Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,2
bilhões no exercício de 2012, ano marcado pela instabilidade dos mercados
financeiros e pelo fraco desempenho das Bolsas de Valores. A maior contribuição
para o lucro foi dada pelos resultados com financiamentos a investimentos. Na
análise comparativa entre os exercícios de 2012 e 2011, o lucro foi 9,6%
inferior ao do mesmo período do ano passado, de R$ 9 bilhões.

O desempenho positivo
foi composto, basicamente, pelo resultado das operações de crédito e repasse
(renda fixa), que somou R$ 9,5 bilhões. O valor representa um crescimento de
26% em relação ao exercício de 2011. Esse resultado, em um cenário de redução
de taxas promovida pelo BNDES em 2012, evidencia a boa gestão da carteira e
está em linha com os esforços do governo para estimular o investimento
produtivo e as novas condições do mercado de crédito, mais amplo e competitivo.

O segmento de renda
fixa contribuiu com 67,2% e o de tesouraria (R$ 4 bilhões) com 28,3% para o
resultado bruto do BNDES apresentado no ano passado. O aumento do resultado de
renda fixa advém, principalmente, da expansão de 15,5% da carteira de crédito
do Banco, fruto do crescimento do volume de operações realizadas no período. 

A redução do lucro
também é explicada, em parte, pelo impacto positivo da provisão para risco de
crédito no resultado de 2011, que totalizou uma receita de R$ 717 milhões. Isso
ocorreu em função de eventos não recorrentes de recuperação de créditos, que
geraram uma receita de R$ 881 milhões naquele exercício. Em 2012, tais receitas
não se repetiram. Ao contrário, o Banco registrou despesa com provisão para
risco de crédito no valor de R$ 320 milhões, refletindo o crescimento da
carteira de financiamento no período.

As operações de renda
variável, que têm historicamente contribuído de forma expressiva para o lucro do
Sistema BNDES, refletiram, no ano passado, o impacto da crise financeira
internacional nas empresas nas quais participa.

No exercício de 2012,
houve redução de R$ 4,2 bilhões (81,5%) no resultado bruto de renda variável,
que somou, aproximadamente, R$ 1 bilhão. No mesmo período de 2011, o valor
registrado foi de R$ 5,2 bilhões. Esse resultado também foi afetado pela
Resolução 4175, de 27/12/2012, que teve por objetivo diferenciar o horizonte
contábil dos investimentos de acordo com o modelo de negócios do BNDES, com
ênfase no longo prazo. Nesse caso, a variação negativa do valor justo de
determinados ativos classificados como disponíveis para a venda somente será
registrada no resultado quando da realização efetiva da venda, caso ela ocorra.

É importante
ressaltar que, mesmo sob tais condições, o valor dos ganhos não realizados da
carteira de participações societárias – diferença entre o valor de compra da
ação e sua cotação no encerramento do exercício – foi expressivo ao final de
dezembro, equivalente a R$ 12 bilhões (17,8%).

Inadimplência – Apesar das incertezas
nos mercados financeiros e de capitais, a inadimplência do Sistema BNDES
manteve-se em um nível reduzido, refletindo a robustez de sua carteira de
crédito e repasses. O percentual foi de apenas 0,06% no ano, inferior ao
registrado em dezembro de 2011 (0,14%) e o mais baixo da história do Banco. A
inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional, conforme o Banco Central,
em dezembro de 2012, foi de 3,6%.

A baixa inadimplência
e o perfil de crédito refletem a consistência das políticas operacionais do
BNDES. É resultado, sobretudo, da qualidade da gestão da sua carteira de
crédito, que busca compatibilizar taxas de juros reduzidas e prazos compatíveis
com projetos de longa maturação.

Fonte: Assessoria de Comunicação/ BNDES

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