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Brasileiro pretende reduzir gastos por causa de dívidas
30 de novembro de 2012
Apesar da melhora de renda, os consumidores brasileiros pretendem reduzir os gastos nos próximos meses, revela pesquisa divulgada na quarta-feira(12/12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 60% da população planejam consumir menos por dois motivos: o endividamento e a perspectiva de retração da economia. Isso ocorrerá apesar de 87% dos entrevistados terem dito que o orçamento doméstico aumentou ou permaneceu estável nos últimos 12 meses.
Segundo a pesquisa, 41% dos brasileiros têm dívidas. Desse total, 42% disseram ter chegado ao limite de comprometimento do orçamento familiar e 38% admitiram ter prestações em atraso. Além disso, 55% dos consumidores endividados informaram ter mais dívidas agora que em dezembro do ano passado.
Os bancos representam a maior fonte de endividamento dos brasileiros. De acordo com a CNI, entre as pessoas que estão pagando algum tipo de parcelamento de compras, empréstimo ou financiamento, 41% devem para um banco. As lojas concentram a dívida de 31% dos consumidores. Outros 29% devem às administradoras de cartão de crédito, 15% a financeiras e 8% a amigos e parentes. A soma é superior a 100% porque cada entrevistado podia apresentar mais de uma opção.
Para diminuir o endividamento, os consumidores têm cortado primeiramente os gastos com lazer, viagens e práticas esportivas. Nos últimos três anos, 18% da população gastaram menos com esses serviços. Em contrapartida, subiram as despesas com saúde e cuidados pessoais, como higiene e beleza.
Mesmo com as perspectivas de diminuição dos gastos supérfluos nos próximos meses, o levantamento indicou que os brasileiros pretendem continuar comprando e viajando nos próximos seis meses. Conforme a pesquisa, 63% dos entrevistados disseram que planejam comprar um bem durável no próximo semestre. Os bens mais procurados são materiais de construção, automóveis, computadores e televisão.
O estudo apontou ainda que 28% dos brasileiros tiveram aumento da renda familiar nos últimos 12 meses. Os ganhos se concentraram nas maiores faixas de renda: 47% dos entrevistados com rendimento superior a dez salários mínimos alegaram terem notado melhora do orçamento doméstico neste ano, contra 17% entre os que recebem até um salário mínimo. Para 59% dos trabalhadores, a renda familiar ficou estável no período.
Feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pesquisa ouviu 2.002 entrevistados em 141 municípios de todo o país.
Fonte: Agência Brasil de Notícias/ABr
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