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Sistema financeiro e bancos de desenvolvimento em destaque

30 de setembro de 2012

Na última semana do Curso de Desenvolvimento Econômico e Sistema Nacional de Fomento, que acontece entre 15 e 19 de outubro, o tema bancos de desenvolvimento e agências de fomento assume papel de destaque.

Promovido pela ABDE, o curso chega a sua reta final tendo apresentado para os participantes, todos egressos de instituições financeiras de desenvolvimento, um panorama da economia mundial e brasileira.

A aula desta segunda-feira começou com o módulo 5 “Teoria Financeira”, ministrado pelo professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Luiz Fernando Rodrigues de Paula. Economista com pós-doutorado pela Universidade de Oxford, de Paula trouxe os conceitos basilares sobre teoria e regulação financeira para a sala de aula: “Considero relevante tratar sobre sistema financeiro em geral para esta turma, pois quem trabalha em instituições do sistema tem que conhecer o assunto”.

Leitor da revista Rumos, o economista apresentou várias definições sobre o sistema financeiro e falou sobre as entidades que compõe o conjunto. “O sistema é composto de instituições e mercados que viabilizam transações com a promessa de pagamento futuro. Sob um ponto de vista, as instituições financeiras, idealmente, trabalham para diminuir a assimetria de informação, que interfere na capacidade dos agentes de distinguir entre bons e maus pagadores. Elas atuam no gerenciamento de risco”, esclareceu o professor. 

Sobre os bancos, o de Paula acrescentou que são entes do mercado com características importantes: “Um banco não é uma instituição qualquer. Se uma firma quebrar, é ruim, mas é uma questão localizada. Já o banco opera um sistema de pagamentos. Se ele falir, a repercussão disso terá um efeito prejudicial sobre outros setores. É uma externalidade negativa”. 

Na parte da tarde, a coordenadora do curso, a professora Jennifer Hermann, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ) chegou à sala com a missão de passar em revista a história e função dos bancos de desenvolvimento e das agências de fomento. Responsável pelo sexto e último módulo: “Instituições Financeiras de Desenvolvimento”, a economista fez um retrospecto do surgimento dos bancos de desenvolvimento no mundo e das teorias econômicas que justificam a razão de ser deles. “Faremos depois uma rodada de discussão sobre casos específicos, formas de atuação, pois são muito heterogêneas, e os acontecimentos recentes, pós-1990”, explicou a professora. 

Ao falar da origem de tais instituições, a economista salientou que boa parte delas foi criada entre as décadas de 1950 e 1970, durante o período de “hegemonia do modelo desenvolvimentista” na economia mundial. Ela ressalta que, apesar de existirem diversas definições para instituições financeiras de desenvolvimento, Jennifer identifica tais entidades como “braços financeiros” de políticas de desenvolvimento econômico. “Como é caso de boa parte das instituições de origem dos participantes”, disse ao se dirigir à turma.

Antes de iniciar a aula, o grupo mostrou interesse em saber mais sobre os trabalhos de final de curso. Para tranquilizar a todos, a coordenadora informou que irá dedicar à aula de amanhã ao assunto, com uma explicação mais detalhada de cada tema e como eles deverão ser desenvolvidos.

Na sexta-feira, estão programadas as palestras de encerramento dos módulos e do curso. Na parte da manhã já estão confirmadas as apresentações de André Cunha (UFRGS) e Ernani Torres (UFRJ).

Foto: Noel Faiad

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