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Pela primeira vez, a agência de classificação de risco de crédito Moody’s atribuiu rating para o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A nota, Ba2 com perspectiva negativa, se equiparou às notas mais altas das instituições brasileiras que possuem operações exclusivamente no país. O mesmo rating foi atribuído pela agência para a União.

“Esta é uma conquista relevante, pois credencia o banco a captar crédito no exterior e diversificar suas fontes de recursos”, destaca o superintendente de Relações Institucionais do BRDE, Rogério Gomes Penetra. A classificação de risco é uma demanda imposta pelo Banco Central para acessar fontes externas de recursos.

De acordo com o a Moody’s, a classificação reflete o reconhecido papel da instituição em promover o desenvolvimento nos estados do sul do Brasil, a solidez de seus ativos, bem como a capitalização adequada e a forte rentabilidade. A baixa taxa de inadimplência (que está em 1,8%), o foco no agronegócio (que vem desempenhando fator decisivo na economia brasileira) e a estrutura de governança corporativa do BRDE (que o diferencia de outras instituições do setor público, por estar menos suscetível à interferência política), também foram considerados pelos especialistas como fatores positivo para a mitigação de riscos operacionais.

Mesmo que a perspectiva conjuntural seja negativa para todo o Brasil (a nota de nenhuma instituição pode ser maior que a do país), a agência de classificação de risco destaca ainda o lucro recorde do banco obtido em 2015, R$ 263 milhões, que significa 1,8% dos ativos bancários tangíveis e que ajudou a recompor o capital consumido pelo crescimento dos empréstimos.

Como fonte de informação para elaboração do ratings, o Moody’s se utiliza de documentos, informações públicas e confidenciais e de propriedade da própria agência para tomar a sua decisão, considerando a qualidade das informações disponíveis. A análise também tem se baseia em literatura acadêmica.

Fonte: Ascom/BRDE