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Seminário debate o financiamento agropecuário
30 de junho de 2015
A ABDE realizou, na última semana, o seminário Financiamento
ao Agronegócio, em Brasília. Com a participação de executivos de Instituições
Financeiras de Desenvolvimento, diretores de organizações privadas, e gestores
de ministérios diretamente envolvidos com o tema, o encontro debateu questões
como o acesso ao Plano Safra 2015/2016, o desempenho do Programa Nacional de
Agricultura Familiar (Pronaf), a internacionalização da agroindústria
brasileira, a agricultura sustentável e o futuro do campo para os próximos 20
anos. O seminário teve o patrocínio do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID).
Mais de 100 pessoas, de diferentes organizações,
participaram do seminário. Na abertura do evento, ganhou destaque a
apresentação de uma estimativa do Ministério da Agricultura, demonstrada pelo
diretor do Departamento de Economia Agrícola do ministério, de que seriam
necessários R$ 260 bilhões para financiar a agricultura brasileira neste próximo
período. “No entanto, apesar das diferenças que existem entre oferta e demanda,
conseguimos um valor substancial para essa safra e que tem atendido ao setor”,
afirmou.
Também participaram da abertura do evento o diretor do
Ministério do Desenvolvimento Agrário João Guadanim; o representante do BID no
Brasil, Juan Carlos De La Hoz; o superintendente da Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil (CNA) Bruno Barcelos Lucchi; o diretor Infraestrutura
Social, Meio Ambiente e Agropecuária e de Inclusão Social do BNDES, José
Henrique Paim, que também é diretor da ABDE; e o presidente da ABDE, Milton
Luiz de Melo Santos.
“O Brasil tem grande competitividade da porta da fazenda
para dentro, mas perde isso da porta até o porto. É preciso debater e trazer soluções
para os entraves ao crescimento do setor”, destacou Santos, lembrando que a
produção agrícola brasileira teve grande impulso na década de 1980, com
financiamentos que traziam juros baixos e contribuíram para a
profissionalização do setor.
Ao longo dos dois dias de seminário, quinta e sexta-feira
(30 e 31/7), economistas, produtores, técnicos das instituições financeiras e
outros importantes agentes da área agropecuária discutiram os entraves e
oportunidades de crescimento do setor que tem sido um dos motores da economia
brasileira nos últimos anos. O superintendente da CNA destacou que a atividade
agropecuária corresponde a 27% dos empregos gerados no país e 21% do Produto
Interno Bruto brasileiro.
“O crescimento do setor tem grande correlação com o crédito
rural. Então é extremamente necessário discutir o uso correto desse recurso
para que se cumpram todos os seus objetivos de chegar ao produtor, para que ele
possa usar, manter os níveis de atividade e incrementar sua atividade”, afirmou
Bruno Lucchi.
O encontro foi encerrado com a palestra “Oportunidades de
negócio nas cadeias agropecuárias”, ministrada pelo pesquisador do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, com participação
do economista André Perfeito e a mediação do secretário-executivo da ABDE,
Marco Antonio A. de Araujo Lima.
A revista Rumos traz em sua próxima edição uma cobertura
completa do seminário, com todos os seus painéis e imagens do encontro. Os
materiais apresentados pelos palestrantes estão disponíveis aqui.
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