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Balanço de Pagamentos registra superávit de US$ 10,8 bilhões

31 de dezembro de 2014

O Banco Central divulgou na manhã desta sexta-feira (23/01) os dados do setor externo de dezembro. O balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 9,8 bilhões. No ano, o resultado foi superavitário em US$ 10,8 bilhões (0,5% do PIB). As transações correntes foram deficitárias em US$ 10,3 bilhões no mês, acumulando saldo negativo de US$ 90,9 bilhões no ano (4,17% do PIB). Trata-se do pior desempenho em 13 anos. O resultado do balanço no ano foi puxado, principalmente, pelo desempenho da balança comercial, que apesar do superávit de US$ 293 milhões no mês, acumulou no ano perda de US$ 3,9 bilhões. Além disso, a conta de serviços também teve peso no resultado ao registrar, no mês, déficit de US$ 4,9 bilhões e acumular no ano perda de US$ 48,7 bilhões.

Transações correntes: Na conta de serviços, o destaque negativo foi para as despesas líquidas com aluguel de equipamentos, que atingiram US$ 2,8 bilhões no mês e US$ 22,7 bilhões no ano (acréscimo de 18,8% em relação a 2013). Já os gastos com viagens internacionais foram deficitários em US$ 1,6 bilhão, em dezembro, acumulando no ano déficit de US$ 18,7 bilhões ou 0,9% do PIB (recorde da série). Por sua vez, a conta de rendas apresentou déficit de US$ 6,0 bilhões, totalizando, em 2014, saídas de US$ 40,3 bilhões (ou 1,8 % do PIB), fruto de pagamento de juros ao exterior de US$ 14,1 bilhões e remessas líquidas de lucros e dividendos de US$ 26,5 bilhões.

Conta Capital e Financeira: O resultado da conta de capital e financeira foi superavitário em US$ 1 bilhão, em dezembro, graças aos ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED) de US$6,7 bilhões. No ano, também acumulou saldo positivo de US$ 99 bilhões, com destaque, novamente, para os ingressos líquidos de IED, que totalizaram US$ 62,5 bilhões. Os investimentos em carteira, por sua vez, apresentaram saídas líquidas de US$ 9,2 bilhões em dezembro. No ano, o resultado foi positivo em US$ 30,0 bilhões.

Vale destacar que a necessidade de financiamento externo do Brasil segue positiva. Ou seja, a entrada de investimento direto no Brasil não é suficiente para cobrir os gastos de transações correntes (essa diferença é negativa há 22 meses). Isso significa que o Brasil depende da entrada dos investimentos em carteira, que têm característica mais volátil, para manter o balanço de pagamentos no terreno positivo. O gráfico abaixo mostra a diferença entre essas duas rubricas – quando no terreno positivo, denota que a entrada de investimento não cobre os gastos com transações correntes; quando no terreno negativo, significa o oposto.

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$ 374,1 bilhões em dezembro, redução de US$ 1,6 bilhão em relação ao mês anterior.

Fonte: Banco Central / Com Equipe ABDE

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