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Copom: novos aumentos de juros serão feitos com parcimônia

30 de novembro de 2014

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (11/12) a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), referente à reunião da semana passada, quando decidiu aumentar a taxa de juros em 0,5 p.p. para 11,75% a.a. sem viés. As principais mudanças em comparação com o mês anterior foram relacionadas ao crescimento da economia, política fiscal e crédito.

O tom do documento veio menos otimista em relação à taxa de crescimento do próximo ano, ao dizer que a recuperação da atividade econômica deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2015. Trata-se da única alteração no parágrafo sobre atividade econômica, que na ata passada falava da recuperação para o ano que vem sem especificar o período. O Comitê acredita que “mudanças importantes devem ocorrer na composição da demanda e da oferta agregada. O consumo tende a crescer em ritmo moderado; e os investimentos tendem a ganhar impulso” e ressalta que “a velocidade de materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de firmas e famílias”.

Ainda, o Comitê contemplou a possibilidade de que a política fiscal seja contracionista, provavelmente influenciado pelo anúncio da nova equipe econômica por parte do Governo, ao dizer que “não se pode descartar migração para a zona de contenção fiscal”. Ainda de acordo com o documento, o superávit primário contribuirá para criar uma percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico, além de fortalecer a percepção de sustentabilidade do setor público, estimulando o investimento privado.

Diante desse cenário, o documento indica uma moderação crédito subsidiado. O “Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito”, como já dito na ata anterior, mas acrescenta que: “além disso, atribui elevada probabilidade a que ações nesse sentido sejam implementadas no horizonte relevante para a política monetária”.

Para o Copom, não está descartada a ocorrência de elevação da inflação no curto prazo e de que a inflação deve permanecer elevada em 2015. Entretanto, sinaliza que em 2016 deve haver declínio, tendendo a voltar para o centro da meta.

Em relação à ata anterior, foi incluído que “considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”. Nesse sentido, o Banco Central parece entender que os efeitos do ajuste fiscal anunciado e a acomodação dos preços relativos, dão espaço para que o aperto monetário seja menos intenso, esperando-se pelo menos mais uma elevação da taxa de juros.

Fonte: Banco Central / Com Equipe ABDE

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