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O Banco Central divulgou nesta manhã os dados do setor
externo de outubro. O balanço de
pagamentos registrou superávit de
US$ 267 milhões (US$ 16,5 bilhões em 12 meses e 0,7% do PIB).  As transações correntes foram deficitárias em
US$ 8,1 bilhões no mês, acumulando saldo negativo de US$ 84,5 bilhões no fluxo
de 12 meses (-3,7% do PIB). O resultado do balanço foi puxado pelo superávit da
conta de capital e financeira, que registrou entrada líquida de US$ 8,2
bilhões, somando US$ 97,4 bilhões de saldo positivo em 12 meses (4,3% do PIB). 

Transações
correntes: A conta de serviços registrou déficit de US$ 4,3 bilhões em outubro (US$
47,6 bilhões em 12 meses e -2,10% do PIB). Os
gastos com viagens internacionais totalizaram US$ 1,6 bilhão (US$ 18,7 bilhões
em 12 meses e -0,8% do PIB). Por sua vez, a conta de rendas apresentou déficit
de US$ 2,8 bilhões (US$ 41,2 bilhões em 12 meses e -1,8 % do PIB), fruto de
pagamento de juros ao exterior de US$ 1,2 bilhão no mês (US$ 14,2 bilhões em 12
meses e 0,6% do PIB) e as remessas líquidas de lucros e dividendos alcançaram
US$ 1,6 bilhão em outubro (US$ 27,3 bilhões no acumulado de 12 meses e -1,2% do
PIB).

Conta
Capital e Financeira: O ingresso líquido de Investimento Estrangeiro Direto atingiu
US$ 5,7 bilhões no mês (totalizando US$ 66 bilhões em 12 meses ou 2,9% do PIB).
Os investimentos em carteira apresentaram entrada líquida de US$ 4,5 bilhões
(US$ 36,3 bilhões em 12 meses e 1,6% do PIB) em outubro, compostos por entradas
líquidas de US$ 5,3 bilhões de investimento estrangeiro e saída de US$ 0,8
bilhão de investimento brasileiro em carteira.

Vale destacar que a necessidade de financiamento externo do Brasil
segue positiva. Ou
seja, a entrada de investimento direto no Brasil não é suficiente
para cobrir os gastos de transações correntes (essa diferença é negativa há 20
meses). Isso significa que o Brasil depende da entrada dos investimentos em
carteira, que tem característica mais volátil, para manter o balanço de
pagamentos no terreno positivo. O gráfico abaixo mostra a diferença entre essas
duas rubricas – quando no terreno positivo, denota que a entrada de
investimento cobre os gastos com transações correntes; quando no terreno
negativo, significa o oposto.

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram
US$ 376 bilhões em outubro, acréscimo de US$ 320 milhões em relação ao mês
anterior.

Fonte: Banco Central