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Após ação inesperada, ata do Copom indica novas altas da taxa Selic

31 de outubro de 2014

O
Banco Central divulgou, nesta quinta-feira (06/11),
a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), referente à reunião da semana
passada, quando decidiu aumentar a taxa de juros em 0,25 p.p. para 11,25% a.a.
sem viés. O tom do documento veio mais otimista em relação ao crescimento da
economia no próximo ano. A ata trouxe a indicação
que a confiança na economia está retornando e que a trajetória do crescimento
tende a ser alta. Identificou, também, que
há moderação na dinâmica dos preços das commodities, tendendo a se
refletir no nível de preços doméstico. Em
contrapartida, o comitê mostrou preocupação com a política fiscal, componente
que pressiona a demanda agregada. 

 No
entanto, a mudança mais importante da ata foi a retirada do trecho: “A
propósito, para combater essas e outras pressões inflacionárias, as condições
monetárias foram apertadas, mas o Comitê avalia que os efeitos da elevação da
taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar. Além
disso, é plausível afirmar que, na presença de níveis de confiança
relativamente modestos, os efeitos das ações de política monetária sobre a
inflação tendem a ser potencializado
s.” Do parágrafo 26 (parágrafo 27 na
ata anterior): 

“26.
Para o Copom, o fato de a inflação atualmente se encontrar em patamares
elevados reflete, em parte, a ocorrência de dois importantes processos de
ajustes de preços relativos na economia – realinhamento dos preços domésticos
em relação aos internacionais e realinhamento dos preços administrados em
relação aos livres. O Comitê reconhece que esses ajustes de preços relativos
têm impactos diretos sobre a inflação e reafirma sua visão de que a política
monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes.” 

Tal
mudança indica que o Comitê entende que as ações da política monetária não
foram tão eficientes para o realinhamento dos preços. Apesar de o documento não
ter mudado tanto em relação ao último – após
a abrupta mudança na política monetária ocorrida na semana passada – há
indícios de que a taxa de juros da economia
seguirá crescendo.

Fonte: BC

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