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O Banco Central divulgou hoje o saldo total das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) para o mês de agosto. O estoque das operações somou R$ 2.864 bilhões (56,8% do PIB), com expansões de 1% no mês e 13,4% em doze meses. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 1.348 bilhões (47% do total de operações do SFN), um aumento de 1,2% no mês e de 13,4% em doze meses. Já as operações com pessoas jurídicas chegaram a R$ 1.516 bilhões (53% do total de operações do SFN), o que representa crescimento de 0,5% em relação ao mês anterior e crescimento de 9,1% no acumulado em doze meses.

A carteira com recursos direcionados, que engloba as operações do BNDES, os financiamentos imobiliários e o crédito rural, manteve desempenho significativo, chegando a R$ 1.340 bilhões (47% do total de operações do SFN e 27% do PIB). O crescimento de 1,5% no mês foi impulsionado principalmente pelo crédito imobiliário, que totalizou, em agosto, R$ 468 milhões (ou 9,27% do PIB). O crédito imobiliário para pessoas jurídicas atingiu R$ 66 milhões (crescimento de 1,5% no mês e de 33,4% em doze meses) e para pessoas físicas R$ 402 milhões (crescimento de 2,0% no mês e de 27,4% em doze meses).

Ainda sobre os recursos direcionados, também tiveram destaque os investimentos com recursos do BNDES, tendo totalizado em agosto R$ 587 milhões (11,6% do PIB). Para pessoas jurídicas, o valor foi, em agosto, de R$ 546 milhões (crescimento de 1,1% no mês e de 10,4% em doze meses). Já para pessoas físicas, o valor foi de R$ 40 milhões (crescimento de 1,7% no mês e de 18,9% em doze meses).

Em contrapartida, a carteira com recursos livres totalizou R$ 1.524 bilhões em julho (53,2% do total de operações do SFN), um avanço de 0,5% no mês e 5,0% em doze meses, reflexo do aumento nas operações com pessoas físicas, que cresceram 0,9% no mês (destaque para o crédito consignado e cartão de crédito) e das operações com pessoas jurídicas, que tiveram alta de 0,4% no mês (destaque para capital de giro e conta garantia).

Considerando a distribuição do crédito por segmentos, as operações com o setor privado alcançaram em julho R$ 2.687 bilhões (crescimento de 1,0% no mês e 10,3% em doze meses), com destaque para expansão de financiamentos imobiliários das famílias e das empresas, que mantiveram ritmo expressivo de crescimento (alta de 2% e saldo de R$468 bilhões ou 9,3% do PIB), e financiamentos ao setor rural (crescimento de 2,1% em agosto e saldo de R$243 bilhões ou 4,8% do PIB).

O saldo das operações com o setor comercial totalizou R$ 237 bilhões (alta de 0,1% no mês). As operações com crédito rural alcançaram R$ 243 bilhões (aumento de 2,1%). As operações com créditos destinados à indústria e a outros serviços chegaram, respectivamente, a R$ 529 bilhões e R$ 423 bilhões (crescimentos de 0,6% e 1,0%, na sequência). Por fim, o saldo das operações com setor público situou-se em R$ 177 bilhões (elevação de 0,8% no mês), com destaque para o setor de energia.

As operações de crédito de instituições financeiras públicas alcançaram R$ 1.518 bilhões (53% do total de operações do SFN e 30,1% do PIB), crescimento de 1,1% no mês e de 16,2% no ano.

A inadimplência do sistema financeiro (correspondente às operações com atrasos superiores a 90 dias) manteve-se em 3,1%. Em relação ao segmento de pessoas físicas e jurídicas, o indicador permaneceu estável em 4,4% e 2%, respectivamente. Já nas operações com recursos livres, a inadimplência permaneceu em 5,0%, enquanto o segmento de recursos direcionados alcançou 1,1% (crescimento de 0,1 p.p).

Fonte: Banco Central do Brasil / Com equipe ABDE