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Pnad: renda cresce em todas as categorias de emprego

31 de agosto de 2014

Na segunda parte do balanço elaborado pela Gerência de Estudos Econômicos da Associação com os principais resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que o IBGE divulgou na quinta-feira (18/09), destaque para o aumento na taxa de desocupação, em relação a 2012, e também para o crescimento na renda média do trabalhador brasileiro em 2013. Os números foram atualizados de acordo com a correção efetuada pelo IBGE no dia 19 de setembro.

Para acessar a primeira parte do balanço, clique aqui.


3. Trabalho

Em 2013, a população em idade ativa (PIA), pessoas com 15 anos ou mais de idade, foi estimada em 156,6 milhões de pessoas, sendo 65,5% (ou 102,5 milhões) população economicamente ativa (PEA) e 34,5% (ou 54,1 milhões) população economicamente não ativa (PNEA).

A população ocupada totalizou 95,9 milhões de pessoas, em 2013 (54,9 milhões de homens e 41,0 milhões de mulheres). O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população em idade ativa) foi de 61,8% em 2012 para 61,2% em 2013.

Considerando o nível de instrução, houve redução, entre 2012 e 2013, nas proporções de trabalhadores com ensino fundamental incompleto (de 27,9% para 25,7%) e médio incompleto (6,7% para 6,5%). Por outro lado, aumentou a participação dos trabalhadores sem instrução (6,6% para 7,0%), com fundamental completo (10,3 para 10,5%), com ensino médio completo (30,0% para 30,4%), com superior incompleto (5,2% para 5,4%) e com superior completo (13,1% para 14,2%).

No ano passado, 46,0% (ou 44,1 milhões) dos ocupados atuavam no setor de serviços. Trabalhadores das atividades agrícolas totalizaram 13,4% (ou 12,8 milhões de pessoas) e da indústria representaram 13,5%, ambos os setores apresentam tendência de queda na participação.

Ainda em 2013, 80,6% dos trabalhos (excluindo trabalhadores domésticos) estavam no setor privado. Dentre esses, 76,1% possuíam carteira de trabalho assinada.

O contingente de pessoas desocupados (pessoas que não estavam ocupadas e tomaram providências efetivas para conseguir um trabalho) foi de 6,6 milhões, em 2013, um crescimento de 6,3% quando comparado com 2012.

A taxa de desocupação, em 2013, foi de 6,5% (maior que a taxa registrada em 2012). Foi o ano com a segunda menor taxa na série harmonizada de 2001 a 2013. A menor taxa foi observada na região Sul, 4,0%, e a maior, 7,9%, na Nordeste. Se considerarmos o sexo, a taxa de desocupação entre as mulheres é de 8,5% e dos homens 4,9%.

Ainda, 3,2 milhões de trabalhadores tinham entre 5 e 17 anos de idade, redução de 10,6% (380 mil crianças e adolescentes) em relação a 2012. A queda percentual mais relevante foi no grupo com 5 a 9 anos de idade (-26,3%), isto é, menos 21 mil crianças trabalhando. O nível da ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade era de 8,4% em 2012 e caiu para 7,5% em 2013.


4. Rendimento

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhadores, no ano passado, foi estimado em R$ 1.651,00 (3,8% acima do resultado de 2012). A região Norte foi a que apresentou o maior crescimento, 4,7% (de R$ 1.263 para R$ 1.322), e a região Centro-Oeste, com o maior valor médio (de R$ 1.906 para R$ 1.992). A região Nordeste mostrou um crescimento de 4,5%, mas possui o menor rendimento médio (de R$ 1.086 para R$ 1.135).

O Índice de Gini, para distribuição do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos ficou em 0,495 em 2013, contra 0,496 em 2012. O menor grau de concentração de renda foi encontrado na região Sul (0,453). A região Nordeste apresentou o maior nível de desigualdade (0,524). O índice mede o grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima).

Em relação ao gênero, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhadores dos homens foi de R$ 1.890,00 e o das mulheres R$ 1.392,00, o que significa que as mulheres recebem, em média, 73,7% do rendimento dos homens.

Todas as categorias de emprego tiveram acréscimo no rendimento médio mensal real de todos os trabalhadores, quando comparado 2012 com 2013. Os trabalhadores domésticos receberam, em média, R$ 1.511,00 (6,2% a mais que a média de 2012).

Em 2013, dos 65,2 milhões de domicílios estimados, 60,8 milhões declararam possuir rendimentos, em média, de R$ 2.933,00 (2,3% a mais que o valor de 2012). O Índice de Gini mostrou melhora na distribuição desse rendimento (0,497). Além disso, quase metade dos domicílios que declararam ter algum tipo de rendimento contava com até um salário mínimo por morador.  

PARTE 1 – COMPOSIÇÃO E MOBILIDADE POPULACIONAL E SITUAÇÃO EDUCACIONAL

PARTE 3 – DOMICÍLIOS E TECNOLOGIA

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