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BNDES triplica lucro e atrai recursos do setor privado para desenvolvimento nacional

13 de agosto de 2021

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) conseguiu implementar, ao longo do primeiro semestre de 2021, uma série de iniciativas que promovem a multiplicação de fontes de investimentos para o desenvolvimento de longo prazo do Brasil, alavancando ou substituindo a necessidade de recursos públicos. Paralelamente a esses esforços, o BNDES registrou lucro líquido de R$ 15,1 bilhões no primeiro semestre de 2021, o triplo do mesmo período do ano anterior.
No leilão do sistema de saneamento básico do Rio de Janeiro, em abril, houve grande disputa da iniciativa privada por concessões que mobilizarão investimentos bilionários e proporcionarão a universalização do acesso à água e ao esgoto para os fluminenses. Ao realizar a primeira estruturação de debêntures, por exemplo, o banco investiu apenas 30% do capital total levantado pela usina térmica Gás Natural Açu, com uma alta demanda do mercado. Já na esteira do matchfunding Salvando Vidas, em que o BNDES dobra os recursos doados para saúde, foram lançados o Resgatando a História, em favor do patrimônio histórico, e o Fundo Socioambiental, destinado ao ambiente, à educação e ao emprego. Também ocorreram no ano leilões de energia do Amapá e no Rio Grande do Sul, o lançamento de fundos para apoiar negócios de impacto socioambiental e do Garagem – Negócios de Impacto, para apoio a startups.
Combinadas tais iniciativas com a venda ao mercado de debêntures da Vale, mantidas na carteira do BNDES por décadas, o banco vem atraindo o mercado privado para novas formas de financiamento dos segmentos de infraestrutura, produção e socioambiental. O resultado do semestre foi impulsionado pela venda de ações de Vale e Klabin, que contribuíram com um lucro líquido de R$ 6,0 bilhões e R$ 1,0 bilhão, respectivamente, e pelo resultado positivo de R$ 1,4 bilhão com equivalência patrimonial de JBS. Essas operações de desinvestimento seguem a estratégia de diminuir o risco da exposição da carteira de participações acionárias do banco. Já no segundo trimestre de 2021, o lucro líquido foi de R$ 5,3 bilhões.
Mais da metade da carteira de crédito de operações diretas e indiretas não automáticas da instituição (56,3%, que equivalem a R$ 184 bilhões) está vinculada a empreendimentos que apoiam a economia verde e o desenvolvimento social. No segundo trimestre de 2021, R$ 1,4 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente, foram desembolsados para esses setores. Os resultados foram apresentados na última quinta-feira (12/08), pelo presidente, Gustavo Montezano, e por demais integrantes da diretoria do BNDES.
No acumulado de 18 meses, desde o lançamento do Plano Trienal 2020-2022, as entregas para a sociedade incluem a criação ou a manutenção de 5,04 milhões de empregos. Os resultados das operações de crédito incluem o apoio a 654 unidades do SUS, investimentos em educação beneficiando 107 mil estudantes e conexão de 850 mil pessoas via banda larga fixa.
Resultado financeiro – O lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no trimestre foi fortemente influenciado pelo resultado líquido na venda de debêntures da Vale, de R$ 2,1 bilhões, e por receita com dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) das empresas investidas, com destaque para Petrobras e Eletrobras. O produto de intermediação financeira atingiu R$ 6,6 bilhões, aumento de 50% em comparação ao primeiro trimestre de 2021, impactado pelo resultado bruto na venda de debêntures da Vale (R$ 3,8 bilhões), em abril.
O resultado recorrente de R$ 2,4 bilhões no segundo trimestre de 2021 apresentou aumento de 75,8% em comparação ao mesmo período de 2020 (R$ 1,3 bilhão), refletindo a maior receita com dividendos/JCP. O indicador exclui operações de desinvestimento da carteira de renda variável e provisões para risco de crédito, dentre outros.
A carteira de crédito expandida, que inclui operações via debêntures e outros ativos de crédito, encerrou o trimestre em R$ 438,4 bilhões, queda de 4,7% em relação a 31 de março de 2021, impactada pela venda dos papéis da Vale no valor de R$ 3,8 bilhões e pelo impacto negativo da valorização cambial nos contratos em moeda estrangeira no valor de R$ 7,7 bilhões.
A inadimplência acima de 90 dias se manteve em patamar baixo, oscilando de 0,01% em 31 de dezembro para 0,19% em 30 de junho, inferior à média do Sistema Financeiro Nacional (2,30% em 30 de junho de 2021). A boa qualidade da carteira de crédito e repasses foi mantida, uma vez que 92,1% das operações estavam classificadas nos mais baixos níveis de risco (entre AA e C) em 30 de junho de 2021. Esse percentual permanece superior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional, que era de 91,6% em março (última informação disponível).
A carteira de participações societárias totalizou R$ 69,3 bilhões em junho. A posição representa um acréscimo de 12,7% no segundo trimestre, em função da valorização da carteira em cerca de R$ 6,6 bilhões.
Em uma avaliação gerencial, o valor justo (a mercado) das participações acionárias era de R$ 74,8 bilhões no final do trimestre. Considerando o valor das cotas de fundos de investimento (R$ 3,4 bilhões), as participações societárias do BNDES totalizam R$ 78,2 bilhões.
Sustentabilidade
Ao fim do primeiro semestre, 56,3% da carteira de crédito do BNDES (considerando operações diretas e indiretas não automáticas) se vinculavam a projetos que apoiam a economia verde e o desenvolvimento social. No segundo trimestre, os desembolsos para iniciativas dessa natureza, totalizaram R$ 1,4 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.
Cerca de 32 mil operações no segundo trimestre estavam alinhadas a pelo menos um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Elas respondem por 77% dos desembolsos no período (o equivalente a R$ 9,64 bilhões). Os maiores montantes contribuíram para a indústria, inovação e infraestrutura; trabalho decente e crescimento econômico; e energia limpa e acessível.
Os contratos do BNDES no primeiro semestre viabilizarão a geração de 472 MW de energia eólica e 701 MW de solar. Esse total é capaz de atender 1,9 milhão de domicílios ou 6,5 milhões de pessoas, o que equivale aproximadamente à população da cidade do Rio de Janeiro ou duas vezes os habitantes de Salvador.
As micro, pequenas e médias empresas receberam 40% dos desembolsos do segundo trimestre (R$ 5,1 bilhões). Essas empresas foram responsáveis por 34.377 operações, 96% de todas realizadas no período. Ao fim do primeiro semestre, a participação das MPMEs atingiu 22% da carteira de crédito do BNDES, totalizando R$ 98 bilhões.
Leia o balanço completo no site do BNDES, clicando aqui.
Fonte: Ascom/BNDES
 

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