Notícias
BC divulga nota de política monetária e operações de crédito
31 de janeiro de 2013
A partir desta nota, as
estatísticas relativas às operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional
passam a ser apresentadas em nova configuração, refletindo aprimoramentos que
permitiram a ampliação da abrangência e o maior detalhamento das principais
informações. O novo conjunto de dados integra o escopo do Sistema de Informações
de Crédito (SCR) e está definido pelo arcabouço normativo que compreende a
Resolução nº 3.658, de 17 de dezembro de 2008, a Circular nº 3.567, de 12 de
dezembro de 2011, e a Carta-Circular nº 3.540, de 23 de fevereiro de 2012.
A nova estrutura de dados
compreende a extensão das informações relativas a saldos, concessões, taxas de
juros, spreads, prazos e inadimplência, antes disponíveis apenas
para um subconjunto do crédito livre, conhecido como “crédito referencial
para taxas de juros”, novas aberturas desse segmento e também para o
crédito direcionado. Adicionalmente, a adoção de critérios melhor definidos e
atuais de classificação por modalidades possibilitou o preenchimento de
importantes lacunas nas estatísticas de crédito, com maior detalhamento das
informações referentes às operações de crédito consignado e de crédito
habitacional, por exemplo. Esses aperfeiçoamentos favorecem, em particular, a
produção de análises mais abrangentes acerca do fluxo de novas operações de
crédito e das taxas de juros praticadas no mercado. Informações adicionais
sobre o aprimoramento das estatísticas de crédito são apresentadas na
“Nota Metodológica – Nova estrutura de dados de crédito”, disponível
na página eletrônica do Banco Central do Brasil, no endereço http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPMET.
Operações de crédito do
sistema financeiro – O saldo total das operações
de crédito do sistema financeiro atingiu R$2.367 bilhões em janeiro de 2013,
registrando estabilidade relativamente ao mês anterior e acumulando expansão de
16,4% nos últimos doze meses. O comportamento no mês resultou da retração de 1%
no saldo referente a pessoas jurídicas, R$1.279 bilhões, e do aumento de 1,2%
nas operações com pessoas físicas, cujo saldo alcançou R$1.088 bilhões. A
relação crédito/PIB situou-se em 53,2%, ante 53,6% em dezembro último e 48,9%
em janeiro de 2012.
As concessões de crédito,
que correspondem aos valores desembolsados no mês, somaram R$262 bilhões,
consideradas as operações com recursos livres e direcionados. Refletindo
fatores sazonais, esse volume foi 16,7% inferior ao registrado no mês anterior,
em decorrência dos recuos de 27% nos desembolsos a pessoas jurídicas, que se
intensificam nos últimos meses de cada ano e diminuem nos meses seguintes, e de
4,4% nos referentes a pessoas físicas. As concessões com recursos livres e
direcionados a pessoas físicas totalizaram R$137,9 bilhões, ao passo que nas
operações a pessoas jurídicas, as concessões somaram R$124,4 bilhões.
O saldo de crédito com
recursos livres atingiu R$1.389 bilhões em janeiro, após declínio de 0,7% no
mês e incremento de 13,1% em doze meses, correspondendo a 58,7% do total do
sistema financeiro, comparativamente a 60,4% em igual período de 2012. As
concessões de crédito livre totalizaram R$233,8 bilhões, com queda mensal de
9,5%, decorrente das reduções de 1% e 17,4% nas operações destinadas a pessoas
físicas e pessoas jurídicas, respectivamente, ainda seguindo padrão sazonal do
período.
O saldo dos empréstimos com
recursos livres a pessoas físicas situou-se em R$697,7 bilhões, após elevações
de 0,8% no mês e 10% em doze meses, refletindo os incrementos mensais
respectivos de 1,9% e 10,3% em crédito consignado e cheque especial. O crédito
livre a pessoas jurídicas totalizou R$691,7 bilhões, assinalando recuo de 2% no
mês e expansão de 16,4% em doze meses. Quase todas as modalidades apresentaram
retração, destacando-se, entre as exceções, a expansão de 11,3% nos repasses
externos e a estabilidade dos empréstimos de capital de giro com prazo superior
a 365 dias, cujo saldo de R$264,9 bilhões é o mais expressivo entre as
modalidades de crédito livre destinadas a pessoas jurídicas.
O crédito direcionado
alcançou saldo total de R$977,6 bilhões em janeiro, ao avançar 1% no mês e
21,5% em doze meses. Esse desempenho resultou de acréscimos mensais respectivos
de 1,9% e 0,4% nos financiamentos a pessoas físicas e a pessoas jurídicas,
cujas carteiras alcançaram R$390,5 bilhões e R$587,1 bilhões, nessa ordem. No
segmento de pessoas físicas, destacaram-se os financiamentos imobiliários, com
recursos da poupança e do FGTS, que cresceram 2,4% no mês e 34,5% em doze
meses, ao atingir R$261,4 bilhões. Entre as operações a pessoas jurídicas, os
créditos com recursos do BNDES somaram R$448 bilhões, após expansões de 0,3% no
mês e 15,3% nos últimos doze meses.
Taxas de juros e
inadimplência – A taxa média geral de juros
das operações de crédito do sistema financeiro, computadas as operações com
recursos livres e direcionados, após dez meses de declínios consecutivos e
redução acumulada de 5,2 p.p. nos últimos doze meses, elevou-se 0,5 p.p. em
janeiro, ao situar-se em 18,5% a.a.
No crédito às famílias, a
taxa média de juros atingiu 24,6%, com alta de 0,3 p.p. no mês e declínio de
6,2 p.p. em doze meses. Tal evolução resultou da elevação de 0,6 p.p. nos
empréstimos com recursos livres, taxa de 34,5%, ressaltando-se os aumentos
respectivos de 1 p.p. e de 0,7 p.p. no crédito pessoal não consignado e nos
financiamentos de veículos, e da redução de 0,2 p.p. nas operações com recursos
direcionados, para a qual contribuiu a queda de 0,2 p.p. na taxa média das
operações de crédito rural.
A taxa média de juros no
crédito a pessoas jurídicas atingiu 13,9%, ao registrar incremento mensal de
0,6 p.p. e queda de 4,5 p.p. nos últimos doze meses. A elevação decorreu de
altas de 0,9 p.p. na taxa relativa às operações com recursos livres, que
alcançou 18,8%, e de 0,4 p.p. na taxa média dos financiamentos com recursos
direcionados, situada em 7,6%. Destaquem-se os aumentos de 2,2 p.p. e de 1 p.p.
nos empréstimos de capital de giro com prazo inferior e superior a 365 dias,
respectivamente, em contraponto às reduções de 2 p.p. no cheque especial de
pessoas jurídicas, e de 0,5 p.p. nas contratações de vendor. Entre as
modalidades de crédito direcionado às empresas, sobressaiu a elevação de 0,4 p.p.
na taxa média de juros média no financiamento a investimentos com recursos do
BNDES, cuja taxa subiu para 7,2%.
O spread bancário
referente ao total das operações de crédito do sistema financeiro,
compreendidos os créditos livres e direcionados, situou-se em 12,2 p.p., após
aumento de 0,7 p.p. no mês e redução de 3 p.p. nos últimos doze meses,
ressaltando-se os acréscimos mensais respectivos de 0,8 p.p. e 0,3 p.p. nas
operações destinadas a pessoas jurídicas e a pessoas físicas.
A inadimplência do sistema
financeiro, referente às operações com atrasos superiores a noventa dias,
correspondeu a 3,7% do saldo total dos créditos baseados em recursos livres e
direcionados, registrando estabilidade no mês e recuo de 0,1 p.p.
comparativamente a janeiro de 2012.
A taxa de inadimplência
relativa aos créditos a pessoas físicas situou-se em 5,5%, após reduções de 0,1
p.p. no mês e de 0,4 p.p. em doze meses. Entre as principais modalidades,
destaquem-se os recuos, na margem, de 0,2 p.p. na taxa de inadimplência do crédito
pessoal não consignado e de 0,1 p.p. no crédito consignado. Nos financiamentos
a veículos, a taxa registrou estabilidade no mês, acumulando, porém, retração
de 0,8 p.p. nos últimos seis meses. Os financiamentos imobiliários também
apresentaram inadimplência estável, situada em 1,9%. Nas operações de crédito
renegociado, a inadimplência subiu 0,4 p.p., para 22,4%.
Nos créditos destinados a
pessoas jurídicas, a inadimplência situou-se em 2,2%, assinalando estabilidade
no mês e elevação de 0,1 p.p. comparativamente a janeiro de 2012. No que se
refere às modalidades mais expressivas, destaquem-se a estabilidade da taxa
relativa ao capital de giro com prazo superior a 365 dias, situada em 3,7%, o
aumento de 0,3 p.p. referente aos descontos de duplicatas e a redução de 0,1
p.p. na inadimplência média dos financiamentos com recursos do BNDES.
Evolução dos agregados
monetários – A média dos saldos diários
da base monetária atingiu R$226,8 bilhões em janeiro, assinalando queda de 1,8%
no mês e crescimento de 13% em doze meses. O resultado mensal refletiu a
retração de 4,3% no papel-moeda emitido e a elevação de 7,3% nas reservas
bancárias, que ainda refletem o aumento sazonal da demanda por moeda em
dezembro.
Entre os fluxos mensais dos
fatores condicionantes da emissão monetária, sobressaíram as operações com
títulos públicos federais, que incluem a atuação do Banco Central no ajuste da
liquidez do mercado monetário, que registraram redução de R$21,3 bilhões, em
contraste às operações do Tesouro Nacional, que apresentaram acréscimo de R$6
bilhões. Foram verificadas vendas líquidas de R$121,8 bilhões no mercado
secundário e resgates líquidos de R$100,5 bilhões no mercado primário.
O saldo médio diário dos
meios de pagamento restritos (M1) totalizou R$300,5 bilhões em janeiro, após
declínio de 4% no mês, resultante dos decréscimos de 4% no papel-moeda em poder
do público e de 4,1% nos depósitos à vista. Nos últimos doze meses, o M1
avançou 11,6%, refletindo variações respectivas de 12,4% e 10,8% em seus componentes.
O saldo dos meios de
pagamento no conceito M2, que corresponde ao M1, acrescido de depósitos de
poupança e títulos privados, somou R$1,7 trilhão, com recuo mensal de 2,7%.
Essa variação foi determinada pela retração de 11,6% no saldo do M1 e de 1,4%
no saldo dos títulos privados, que atingiu R$928,9 bilhões, após resgates
líquidos de R$21,7 bilhões. O saldo dos depósitos de poupança alcançou R$500,2
bilhões, após crescimento de 0,6% e captações líquidas de R$2,3 bilhões.
O conceito M3, que compreende o M2,
as quotas de fundos de renda fixa e os títulos públicos que lastreiam as
operações compromissadas entre o público e o setor financeiro, registrou
elevação de 0,7% no mês, refletindo incrementos de 4,2% no saldo das quotas de
fundos de renda fixa, que atingiu R$1,7 trilhão, e de 4,3% relativo às
operações compromissadas com títulos federais. O M4, conceito que compreende o
M3 e os títulos públicos de detentores não financeiros, totalizou R$4,1
trilhões, registrando elevações de 0,8% no mês e 14,9% nos últimos doze meses,
ao assinalar expansão de 0,9% nas operações com títulos federais.
Fonte: Assessoria de Comunicação/ BC
Sicredi discute financiamento de baixo carbono na COP 29 no Azerbaijão
28 de novembro de 2024
Cresol participa de painel sobre finanças sustentáveis na COP 29
28 de novembro de 2024
ABDE participa da 14ª edição do Encontro Nacional de Indústria
27 de novembro de 2024
BRDE no Paraná firma primeiro contrato com recursos de Letras de Crédito do Agronegócio
27 de novembro de 2024