publicações-rumo

Publicações

Notícias


Agronegócio engajado e fomento ao desenvolvimento sustentável no Brasil

Agronegócio engajado e fomento ao desenvolvimento sustentável no Brasil

29 de agosto de 2022

A edição de sábado (27/08) do jornal O Globo, publicou um artigo escrito pela presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Jeanette Lontra, sobre agronegócio engajado e a relação do Sistema Nacional de Fomento no desenvolvimento sustentável no país. Leia-o na íntegra:

O agronegócio tem se consolidado como importante motor da economia brasileira e de desenvolvimento do país, exercendo liderança desde a cadeia produtiva de commodities agrícolas até a geração e implementação de novas tecnologias e processos no campo. Cada vez mais, alia expansão da produção agropecuária à mitigação de seus impactos ambientais.

O setor, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), representa 27,4% do PIB brasileiro, o maior patamar desde 2004. Além disso, coloca o Brasil entre os países que mais reduzem emissão de gases de efeito estufa na produção agropecuária, diz estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado em projeção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, atrás apenas dos EUA e da China, e com o agronegócio que concilia produtividade e sustentabilidade no campo, acelerando a modernização do setor. Por isso, a agropecuária 4.0 avança no país, com métodos inovadores de manejo e tecnologias, para mitigar o uso dos recursos naturais.

Nesse contexto, o Sistema Nacional de Fomento (SNF) exerce papel relevante para impulsionar e transformar a cadeia de valor do setor para a sustentabilidade. Esse conjunto de instituições financeiras de desenvolvimento reúne bancos públicos federais, bancos e agências de fomento subnacionais, sistema cooperativo, além de Finep e Sebrae.

Maior apoiador do setor rural e agropecuário, o SNF financiou, em 2021, R$230 bilhões em crédito rural, chegando a 79% do valor contratado no ano para o setor, com destaque para os bancos públicos e a importante atuação das cooperativas de crédito. As entidades do SNF também financiaram 91% do crédito do Pronaf e 86% do Pronamp/BNDES.

No Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), instituições financeiras de desenvolvimento representaram 91% do total de contratos assinados de 2010 a 2020. O SNF financiou de R$ 29 bilhões desde o início da primeira fase, ou 82% do valor total contratado pela linha de crédito do Plano ABC.

Por causa de sua capilaridade, o SNF atende a diferentes segmentos do agronegócio, como agricultura familiar, agroindústria e grandes produtores. Esse dinamismo é essencial para garantir acesso a crédito a diferentes atores do setor, além de estimular o investimento e a expansão da produção sustentável.

Para avançar nesta agenda, a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que representa o SNF, lançou o Plano ABDE 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A entidade está atenta ao apelo global da ONU para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, e garantir que as pessoas desfrutem de paz e prosperidade no mundo.

O plano apresenta propostas para o financiamento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 no Brasil, organizadas em cinco missões. Uma delas é o “agronegócio engajado”, que busca ampliar padrões sustentáveis de produção, com instrumentos inovadores de financiamento e cadeias produtivas mais robustas e resilientes. Valoriza a segurança alimentar e o fomento à agricultura familiar no Brasil.

A missão focada no agronegócio mostra a relevância dele para o cumprimento dos ODS no Brasil e como o SNF pode atuar em parceria com o setor, um dos motores da transição sustentável no país. É com esse engajamento do agronegócio na agenda socioambiental que será possível se acelerar transformações há tempos desejadas e necessárias no país e no mundo.

 

Mais notícias