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O Sicoob Unicoob e o Instituto Sicoob promoveram, em Foz do Iguaçu (PR), a primeira edição da Conferência Internacional Cooperativismo e Desenvolvimento Regional, nos dias 4 e 5 de abril. O secretário-executivo da ABDE, Marco Antonio A. de Araujo Lima, presidiu o Painel 5 do evento, sobre educação cooperativa. A mesa contou com a participação da Chefe do Departamento de Educação Financeira do Banco Central, Elvira Cruvinel, entre outros convidados, especialmente lideranças do segmento cooperativo de todo o país.

“O Brasil precisa desesperadamente voltar ao desenvolvimento, pois está em seu DNA. Em um momento de crise como esse, precisamos reafirmar o desenvolvimento como valor, e o cooperativismo, com seus números impressionantes, tem um papel fundamental para que o país volte a crescer”, afirmou Marco Antonio. 

Depois de dois dias de
painéis e apresentação de cases de cooperativismo de crédito de seis países, os
participantes do evento elaboraram documento com desafios do setor, como a transformação
das Sociedades de Garantias de Crédito em Cooperativas de Crédito. Abaixo a
íntegra do documento: 

Carta
de Foz do Iguaçu 

Convidados pelo Sicoob
Unicoob e Instituto Sicoob, cerca de 200 líderes cooperativistas do Sicoob,
Sicredi, Uniprime, Unicred, Cresol e Cecred, de diversos estados brasileiros,
assim como lideranças estrangeiras de diversos países da América Latina e
Europa participaram da Conferência Internacional Cooperativismo e
Desenvolvimento Regional, realizada nos dias 4 e 5 de abril de 2017, em Foz do
Iguaçu, Brasil.

Desenvolvimento se faz em
parceria. Nossos agradecimentos ao apoio e participação na conferência do Banco
Central do Brasil, Ocepar, Sebrae, Fiep, Itaipu Binacional, Sancor Seguros,
Sipag, Bancoob, Confebras, CAF, PwC, DGRV, ABDE e OIT.

O papel, as possiblidades e
os desafios do cooperativismo como agente de desenvolvimento regional foram
debatidos à luz de experiências exitosas em diversos países, com destaque para
as garantais mútuas, educação cooperativa, startups, tecnologia e inovação.

O encontro e os debates
travados foram elucidadores: o cooperativismo é um fator central na geração de
riqueza e desenvolvimento de nossas cidades e regiões.

Mas podemos fazer mais
podemos fazer melhor.

Dentre os desafios do
cooperativismo destacaram-se: a oferta de produtos e serviços financeiros
adequados às reais necessidades e possiblidades dos cooperados; ganhos
consistentes de eficiência e produtividade; aumento de escala das operações;
redução de custos e aperfeiçoamento dos mecanismos de informação e participação
dos associados, reforçando a governança de nossas cooperativas.

Nossos programas de educação
cooperativista, notadamente as ações voltadas para jovens e a formação de
nossos dirigentes, devem ser reforçados e ampliados.

O desenvolvimento de
estratégias compatíveis com as atuais mudanças demográficas, comportamentais e
tecnológicas ocupam lugar central de nossa agenda estratégica.

Para isto é preciso ousar, é
preciso inovar. Por exemplo, com a transformação das Sociedades de Garantias de
Crédito em Cooperativas de Garantias.

Podemos e devemos fazer mais
praticando a intercooperação entre os diferentes Sistemas Cooperativos de
Crédito, e destes com os demais ramos do cooperativismo.

Nosso desafio é o
desenvolvimento de um cooperativismo eficiente, competitivo e inovador,
buscando o equilíbrio entre o desempenho financeiro e a sua função social e
contribuindo decisivamente para o desenvolvimento sustentável de nossas cidades
e regiões.

Iremos enfrentar este
desafio com engajamento, profissionalismo e diálogo e parcerias entre nossas
cooperativas.

Juntos somos fortes.
Desenvolvimento é o nosso negócio.

Foz do Iguaçu, 05 de abril
de 2017