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Aprovações do BNDES crescem 27% em 2018

4 de fevereiro de 2019

As aprovações de novos financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 27% entre janeiro e dezembro de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017 e totalizaram R$ 94,9 bilhões. No período, os desembolsos foram de R$ 69,3 bilhões (uma oscilação de -2%), e as consultas (primeira etapa de um pedido de financiamento na instituição) ficaram estáveis em R$ 98,8 bilhões.
O superintendente de Planejamento Estratégico do banco de fomento, Maurício Neves, enxerga sinais de possível retomada da atividade econômica e das liberações de recursos da instituição neste ano. “Nossa expectativa para 2019 é positiva, porque existe uma perspectiva de recuperação mais forte da economia, associada a esse desempenho das aprovações”, ponderou.
O setor de destaque entre as aprovações em 2018 foi o de infraestrutura, com um desempenho 60% maior que o observado em 2017 e um total de R$ 47,6 bilhões, pouco mais de 50% das aprovações no ano. A seguir, vêm os setores de agropecuária e industrial, cujas aprovações cresceram, respectivamente, 10% e 5% em comparação com 2017, e o setor de comércio e serviços, que variou -3% em relação ao ano passado.
Desembolsos – Do total de R$ 69,3 bilhões liberados pelo BNDES entre janeiro e dezembro de 2018, R$ 30,4 bilhões (43,9% do total desembolsado) foram para investimentos em infraestrutura, um crescimento de 13% em comparação com 2017. “O último trimestre foi forte em operações de grande porte nos segmentos de energia, tanto na parte de transmissão quanto na de distribuição, e de logística, incluindo projetos importantes em estradas de rodagem e aeroportos”, observou o superintendente.
Na sequência, está o setor de agropecuária, com R$ 14,7 bilhões (21,2% do total desembolsado) e um crescimento de 2% frente ao ano anterior. Os desembolsos para os segmentos industrial e de comércio e serviços corresponderam, respectivamente, a R$ 12,3 bilhões (17,8% do total) e R$ 11,9 bilhões (17,2% do total) — em ambos os casos, uma redução de 18% diante do ano anterior.
MPMEs – As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) receberam R$ 30,1 bilhões, ou 44,7% do total desembolsado pelo BNDES em 2018. O percentual para o segmento é o maior registrado na série histórica da instituição, e o montante corresponde a um aumento de 4% em comparação com o observado em 2017.
“Isso é fruto da prioridade que o banco vem dando às empresas de menor porte em sua atuação, nos produtos e com uma forma mais digital de processar as operações”, ressaltou Maurício Neves.
Regiões – Em 2018, o Centro-Oeste registrou o maior crescimento percentual nos desembolsos do BNDES. Para a região, foram liberados R$ 9,4 bilhões, valor 12% maior que em 2017. O número corresponde a 13,5% do total liberado pelo BNDES em 2018.
Já as aprovações para novas operações cresceram 70%, atingindo R$ 12 bilhões, influenciadas, sobretudo, pela aprovação do financiamento para o sistema de transmissão que irá conectar a Estação Conversora Xingu (PA) à Estação Conversora Terminal Rio (RJ) para escoamento da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Para as demais regiões do País, os desembolsos do Banco distribuíram-se da seguinte forma: o Sudeste recebeu R$ 26,5 bilhões (38,2% do total); o Sul, R$ 17,96 bilhões (25,9%); o Nordeste, R$ 11,9 bilhões (17,2%); e o Norte, R$ 3,5 bilhões (5,1%). Em comparação com 2017, as liberações para as regiões Sul e Sudeste permaneceram estáveis, oscilando 1% e -1%, respectivamente. Para as regiões Norte e Nordeste, as variações foram de -8% e -16%.
As aprovações para as regiões Norte, Sul e Sudeste, por sua vez, tiveram os seguintes aumentos em comparação com o ano anterior: 270%, 29% e 17%, respectivamente. Quanto ao Nordeste, após um crescimento de 70% em 2017 frente a 2016, as aprovações variaram -9%.
Mercado de capitais – Em 2018, por meio da sua subsidiária BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), o BNDES investiu R$ 412 milhões em fundos de crédito, com um efeito multiplicador de 3 — ou seja: para cada milhão do BNDES, foram aplicados R$ 3 milhões por outros investidores. O dado demonstra a capacidade do banco de fomento em alavancar recursos de terceiros.
“O BNDES tem trabalhado em parcerias com o mercado de capitais e com outros financiadores, para que continue sendo um ator relevante, mas também participando na articulação de instrumentos para uma atuação conjunta”, ressaltou Maurício Neves.
Fonte: BNDES

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